sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Silêncio




SiLêNCio


O silêncio invadiu estrondosamente o espaço

ao qual eu chamo

universo

azul e plácido ele reina

e me olha de soslaio enquanto costuro os retalhos

do que fui

não sou mais

não sei mais ser eu mesma e, em silêncio,

me desconheço

te desconheço

e a passos lentos começo reconhecer

a conhecer essa que não sou eu

mas quem, em pouco tempo,

eu serei

invade-me o azul silêncio

oceano

oco

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Miúdos meus



Miúdos meus

Fábio, Lucas, Giovanna e Pedro;
Diego, Bianca, Nicolas,
Vitória
e pelos últimos dias a habitar a terra
de olhos ainda tímidos, Miguel.
Quase impossível dizer todos os nomes
daqueles que à minha vida trazem um sentido antes desconhecido
sem uma pausa para um suspiro.
São eles os donos do amor desta vida para todo o sempre amém,
o amor que sempre fará sentido;
gratuito,
bonito,
com gosto de sorvete de chocolate e, no cinema,
muita pipoca
e uma enchente de risos.
Como disse muito bem dito o paternal Vinícius:
Filhos... Filhos? Melhor não tê-los!
Mas se não os temos como sabê-los?
Eles me sabem tão bem!
Tenho os meus filhos de coração e assim, para mim, eles são
 a alegria sem hora e  a gargalhada sem razão;
com toda a razão.
O carinho a todo momento e as conversas sobre
a vida que se constrói ao meu lado, sob as minhas vistas.
Meus olhos sorriem;
Sorriem sempre que percebem qualquer um dos meus miúdos perto de mim,
e dia de uma porção deles é dia de festa,
feriado nacional decretado por Deus
para que eu seja
feliz.