quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Laura Mvula - my British girl



In love with her music.



Green Garden

Take me outside, sit in the green garden
Nobody out there, but it's okay now
Bathe in the sunlight, the money frame falls
Take me outside, sit in the green garden

And I'll fly on the wings of a butterfly
High as a tree tall and down again
With my back down, taking my shoes off
Walk on the carpet, a green velvet

Dance in my garden like we used to
Dance in my garden like we used to

Take me outside, sit in the green garden
Nobody out there, but it's okay now
Bathe in the sunlight, the money frame falls
Take me outside, sit in the green garden

I'll go wherever you go
Wherever you take me, I'll go
I'll go wherever you go
Wherever you take me, I'll go




quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Sampa



Sampa

Tão linda e cinza como uma triste obra esquecida no meio da rotina,
respira com dificuldade nas tardes abafadas de verão
a minha cidade. Nossa menina.
Ruas e avenidas de tantas gentes a fazem plena, cheia de cantos e recantos
onde nos escondemos do mundo para além de nossas tribos
e encontramos quem somos.
Aqui fomos crianças e aprendemos a beber,
a dançar,
a fumar, e a foder.
Aprendemos a ser gente grande e a andar pelas ruas, sozinhos,
donos de nós mesmos e ainda
insipientes. Meninos.
Amamos esta terra cinza gerada por muitos,
lar de todos;
nossa terra de ninguém que não sabe ser gentil logo de cara
e que nos encara gigantesca e ameaçadora,
amazona tupiniquim impiedosa a dizer: vem. Nossa dona.
E eu vou, apesar de meu desterro voluntário, eu venho.
Eu volto sempre para ela
cheia de saudades eternas para me lembrar quem sou,
porque sei que faço parte dela
e  que sou feita desta terra;
eu sou o seu pó.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O Amor



O Amor

O amor não tem cor, cheiro ou jeito certo para ser. Ele independe de raça e credo, e não tem idade; é atemporal. Não interessa quem somos, o nosso jeito e o lugar onde nascemos, porque nacionalidade e gênero não definem a forma como o amor deve acontecer. Ele apenas deve acontecer infinitas vezes pelo tempo que tivermos a respirar sobre a Terra onde vivemos.

O amor, na verdade, é profundamente simples: ele é bom e não há porque evitá-lo ou negá-lo. É algo belo e singelo como as canções de Cartola e todas as coisas boas que saem sem preconceitos e medos da alma da gente. Amar é querer bem ao outro sempre, e o sofrer e o egoísmo nunca deveriam fazer parte deste sentimento.

Porém, (e é uma chatice isso de sempre haver os “poréns”), somos seres complicados por natureza e, sendo assim, complicamos o amor que sentimos, e aquele que as outras pessoas sentem, por conta dos nossos medos e receios. Criamos regras sem sentido e razões irracionais com o intento de regulamentar algo que não requer norma, modelo ou prescrição. Somos mesmo muito pedantes e intransigentes quando queremos; e sem querer.

Por isso, vale lembrarmo-nos de algumas regras que deveriam ser lei nessa terra de meu Deus. Regra 1:  Só podemos nos preocupar com a vida alheia se for para cuidar bem de quem está ao nosso lado; para perturbar não vale, tá? Regra 2: Aceitar ao outro como ele é não é um favor que se faz por outrem, mas sim, simplesmente, compreender que a beleza da vida reside no fato de que somos diferentes e que são exatamente essas diferenças que trazem graça e cor para a existência de todo e qualquer ser. Regra 3: Carinho, beijos e abraços nunca, e em tempo algum, são demais e podemos e devemos dá-los para quem quisermos. Ninguém tem nada com isso, ok?

E apesar de ainda faltar muito para eu aprender a amar toda a gente, porque sou eu também complicada demais. Amo a muita gente concomitantemente porque amor para mim não mingua quando se divide, “au contraire mon amour”, ele multiplica-se e cresce. Amo aos meus amigos, aos meus amores, aos meus filhotes e a minha família profundamente e sempre. E não sei viver sem eles por perto porque a saudade é sentimento que me invade a miúde e com várias formas e qualidades.

Um abraço sem fim aos meus amores desta vida. Obrigada por tudo que me dão e por me aguentarem tão rabugenta como eu sou. Amo-vos muito!


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O Passeio





O Passeio



De alma escancarada passeia  a moça pela calçada numa tarde de verão.

Calçada e ondas, passeio de ondas,

areia e nuvens que nos escapam pelos dedos

como todas as certezas movediças que se desmancham

com o tempo.

Águas que são seguras apenas pelas mãos.

Em silêncio ela caminha invisível e por seus poros, pela boca,

pelos olhos,

pela pele penetra vagarosa a luz morna e amarela do impassível sol finito.

Ela a engole enquanto é engolida,

consumida ao passo que se consome.

E na luz some, diante dos olhos que não veem,

a menina que de alma alagada passeava pela calçada.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Mandume




Mandume
Emicida
 
 [Emicida]
Eles querem que alguém
Que vem de onde nóis vem
Seja mais humilde, baixa a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se-!

Eles querem que alguém
Que vem de onde nóis vem
Seja mais humilde, baixa a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se-!

(Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)

[Drik Barbosa]
Sou Tempestade, mas entrei na mente tipo Jean Grey, xinguei
Quem diz que mina não pode ser sensei?
Jinguei, sim, sei, desde a Santa Cruz, playboys
Deixei em choque, tipo Racionais: Hey boy!
Tanta ofensa, luta intensa nega a minha presença
Chega! Sou voz das nega que integra resistência
Truta rima a conduta, surta, escuta, vai vendo
Tempo das mulher fruta, eu vim menina veneno
Sistema é faia, gasta, arrasta Cláudia que não raia
Basta de Globeleza, firmeza? Mó faia!
Rima pesada basta, eu falo memo, igual Tim Maia
Devasta esses otário, tipo calendário Maia
Feminismo das preta bate forte, mó treta
Tanto que hoje cês vão sair com medo de bu-uh
Drik Barbosa, não se esqueça
Se os outros é de tirar o chapéu, nóis é de arrancar cabeça

[Amiri]
Mas mano, sem identidade somos objeto da história
Que endeusa herói e forja, esconde os retos na história
Apropriação há eras, desses tá na repleto na História
Mas nem por isso que eu defeco na escória
Pensa que eu num vi?
Eu senti a herança de Sundi
Ah tá, não morro incomum e pra variar, herdeiro de Zumbi
Segura o boom, fi, é um e dois e três e quatro
Não importa, já que querem eu cego eu tô pra ver um daqui sucumbir (não)
Pela honra vinha Mandume
Tira a mão da minha mãe!
Farejam medo? Vão ter que ter mais faro
Esse é o valor dos reais, caros
Ao chamado do alimamo: Nkosi Sikelel, mano!
Só sente quem teve banzo
(Entendeu?) Eu não consigo ser mais claro!
Olha pra onde os do gueto vão
Pela dedução de quem quer redução
Respeito, não vão ter por mim?
Protagonista, ele preto sim
Pelo gueto vim, mostrar o que difere
Não é a genital ou o macaco que fere
É igual me jogar aos lobos
Eu saio de lá vendendo colar de dente e casaco de pele

[Rico Dalasam]
Meme de negro é: me inspira a querer ter um rifle
Meme de branco é: não trarão de volta Yan, Gamba e Rigue
Arranca meu dente no alicate
Mas não vou ser mascote de quem azeda marmita
Sou fogo no seu chicote
Enquanto a opção for morte pra manter a ideia viva

Domado eu não vivo, eu não quero seu crime
Ver minha mãe jogar rosas
Sou cravo, vivi dentre os espinhos treinados com as pragas da horta
Pior que eu já morri tantas antes de você me encher de bala
Não marca, nossa alma sorri
Briga é resistir nesse campo de fardas

(Cêloko Cachoeira!)

[Emicida]
Eles querem que alguém
Que vem de onde nóis vem
Seja mais humilde, baixa a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se-!

Eles querem que alguém
Que vem de onde nóis vem
Seja mais humilde, baixa a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se-!

(Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)

[Muzzike]
Banha meu símbolo, guarda meu manto que eu vou subir como rei
Cês vive da minha cicatriz, eu tô pra ver sangrar o que eu sangrei
Com a mente a milhão, livre como Kunta Kinte, eu vou ser o que eu quiser
Tá pra nascer playboy pra entender o que foi ter as corrente no pé
Falsos quanto Kleber Aran, os vazio abraça
La Revolução tucana, hip-hop reaça
Doce na boca, lança perfume na mão, manda o mundo se foder
São os nóia da Faria Lima, jão, é a Cracolândia Blasé
Jesus de polo listrada, no corre, corte degradê
Descola o poster do 2pac, que cês nunca vão ser
Original favela, Golden Era, rua no mic
Hoje os boy paga de 'drão, ontem nóis tomava seus Nike
Os vira lata de vila, e os pitbull de portão
Muzzike, o filho de faxineira, eu passo o rodo nesses cuzão
Ando com a morte no bolso, espinhos no meu coração
As hiena tão rindo de quê, se o rei da savana é o leão?

[Raphão Alaafin]
Canta pra saldar, negô, seu rei chegou
Sim, Alaafin, vim de Oyó, Xangô
Daqui de Mali pra Cuando, de Orubá ao bando
Não temos papa, nem na língua ou em escrita sagrada
Não, não na minha gestão, chapa
Abaixa sua lança-faca, espingarda faiada
Meia volta na Barja, Europa se prostra
Sem ideia torta no rap, eu vou na frente da tropa

Sem eucaristia no meu cântico
Me veem na Bahia em pé, dão ré no Atlântico
Tentar nos derrubar é secular
Hoje chegam pelas avenidas, mas já vieram pelo mar
Oya, todos temos a bússola de um bom lugar
Uns apontam pra Lisboa, eu busco Omonguá
Se a mente daqui pra frente é inimiga
O coração diz que não está errado, então siga!

[Emicida]
Dores em Loop-cínio, os cult-cínio, quê?
Ao ver o Simonal que cês não vai foder
Grande tipo Ron Mueck, morô muleque? Zé do Caroço
Quer photoshop melhor que dinheiro no bolso?
Vendo os rap vender igual Coca, fato, não, não
Melhor, entre nóis não tem cabeça de rato
É Brasil, exterior, capital interior
Vai ver nóis gargalhando com o peito cheio de rancor
Como prever que freestyles, vários necessários
Vão me dar a coleção de Miley Cyrus
Misturei Marley, Cairo, Harley, Pairo, firmeza
Tipo Mario, entrei pelo cano mas levei as princesa
Várias diss, não sou santo, ímã de inveja é banto
Fui na Xuxa pra ver o que fazer se alguém menor te escreve tanto
Tô pelo adianto e as favela entendeu
Considere, se a miséria é foda, chapa, imagina eu
Scorsese, minha tese não teme, não deve, tão breve
Vitórias do gueto, luz pra quem serve?
Na trama conhece os louro da fama
Ok, agora olha os preto, chama!

[Emicida]
Eles querem que alguém
Que vem de onde nóis vem
Seja mais humilde, baixa a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se-!

Eles querem que alguém
Que vem de onde nóis vem
Seja mais humilde, baixa a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se-!

(Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho)
(Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)

domingo, 4 de dezembro de 2016

Um Absurdo


Um Absurdo

Há uma semana escrevia sobre a vitória do Palmeiras sobre a Chapecoense depois de assistir ao jogo que definiu o campeão do Brasileirão deste ano. De um lado meus adversários de toda a vida, do outro um time pequeno e que ganhara a simpatia de todo brasileiro, que gosta de futebol, por sua história e pela garra que apresentava desde sua ascensão à primeira divisão do futebol brasileiro.

A Chape era, e ainda é, como um irmão menor, o caçula brioso do nosso campeonato e me agrada demais da conta, como a toda a gente,  vê-la vencer e superar aos grandes do futebol. (Menos ao meu Corinthians, claro!) Foi inenarrável ver o guarda-meta Danilo a defender quatro pênaltis no jogo contra o Independiente da Argentina meses atrás na Copa Sul-Americana. Amei ver a fumacinha verde de “Habemus Finalista” a marcar a passagem da Chapecoense para a final do campeonato, deixando o São Lourenço, time do Papa para trás.

E no domingo, dia sagrado e sacramentado ao futebol, eu me programava para ver a peleja da quarta-feira seguinte enquanto assistia a uma divertida participação do treinador da Chapecoense, Caio Júnior, na TV. Torceria pela Chape, (claro2), pois queria muito ver algo inédito no mundo da bola: a Chape campeã de um torneio importante e classificada para a Libertadores em 2017. Afinal, como não se apaixonar por nosso Leicester tropical? Últimos jogos do ano no Brasil, a semana prometia ser cheia e decisiva para muitos times e a abstinência posterior de um mês sem jogos já começava a me chatear.

Então, chegou a inacreditável manhã da última terça e o coração parou assustado por alguns segundos. Como assim? Como podiam todos aqueles meninos que eu vi correndo atrás da bola menos de 48 horas antes, e muitos outros, estarem mortos? Isso não estava certo, não era justo. Não podia ser verdade. Era surreal demais e, portanto, não podia ser real. Era absurdo demais para ser verdade, mas era. E deu-me aquela vontade que me dá diante das tragédias: queria que o tempo pudesse voltar para trás.

Muitas coisas aconteceram nesta semana. Algumas delas muito mais importantes para o país e seus cidadãos do que o futebol. Eu sei. Sei que os nossos queridos canalhas de plantão em Brasília não respeitam vivos e mortos e andaram a fazer das suas na calada da noite. Gente de pouco caráter e nenhum coração. Contudo e mesmo assim, falar de futebol ainda me pareceu muito mais importante. Falar de meninos comuns e que gostavam de correr atrás de uma bola e que tiveram um destino cruel apenas pela irresponsabilidade e a ganância de homens me parece muito mais importante.

Agora, cá dentro, fica um vazio estranho e um punhado de dúvidas que espero sejam respondidas. Por que uma empresa de viação aérea tão mal estruturada era indicada pela Conmebol aos times sul-americanos? Que grande influência era essa junto a Confederação Sul-Americana de futebol?

O fim de um longo poema... (10/09/1930 - 04/12/2016)

Ferreira Gullar


Traduzir-se

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
– que é uma questão
de vida ou morte –
será arte?



No corpo

De que vale tentar reconstruir com palavras
O que o verão levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
Agora são apenas esta
contração (este clarão)
do maxilar dentro do rosto.
A poesia é o presente.



Poemas Neoconcretos I

mar azul

mar azul marco azul

mar azul marco azul barco azul

mar azul marco azul barco azul arco azul

mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul



Aprendizado

Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.
Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão
que a vida só consome
o que a alimenta.



Não há vagas

O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A Felicidade


A Felicidade

Ela corre sem razão ou rumo apenas por diversão,
porque as pernas assim mandam;
querem e não se aguentam paradas, quietas... Caladas.
Pernas tagarelas, (conhecedoras das muitas línguas dos caminhos da floresta,
do espaço estrelado e da terra habitada por dragões), nos levam pela mão.  
E então, a vida floresce e fica mais bela,
sem qualquer motivo e por todos os motivos existentes.
Sinto-me a tocar a perfeição com o dedo mindinho da mão direita.
Fala a felicidade sem parar ao meu lado. Ela grita até a garganta doer,
até a goela secar,
porque assim mandam as ideias que no meio da boca respiram,
ganham vida e em alta velocidade, enlouquecedoras e apaixonantes,
saem em disparada a brincar
pelo jardim da casa.
Não há como pará-las, pois não há razão para frear
a vida a se fazer e refazer; a criação.
Tem muitos nomes a tal felicidade que me enche o peito
do mais doce amor que eu conheço. O amor feito para o sempre
e desde o começo.
E quando exausta de tanta confusão, descansa segura no meio dos meus braços a felicidade
com nome de gente:
 Fábio, Lucas, Gigi e Pedro;
Diego, Bianca, Nicolas
e a menor de todas as felicidades, a Vitória.