quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Latinoamérica


En tiempos en los cuales oímos tantas tonterías al respecto de nuestra identidad, no podemos olvidarnos que somos latinoamericanos: Un pueblo mesclado y esta es nuestra gran cualidad.



Latinoamérica
Calle 13

Soy, soy lo que dejaron
Soy toda la sobra de lo que se robaron
Un pueblo escondido en la cima
Mi piel es de cuero, por eso aguanta cualquier clima
Soy una fábrica de humo
Mano de obra campesina para tu consumo

Frente de frío en el medio del verano
El amor en los tiempos del cólera, ¡mi hermano!
Soy el sol que nace y el día que muere
Con los mejores atardeceres
Soy el desarrollo en carne viva
Un discurso político sin saliva
Las caras más bonitas que he conocido

Soy la fotografía de un desaparecido
La sangre dentro de tus venas
Soy un pedazo de tierra que vale la pena
Una canasta con frijoles, soy Maradona contra Inglaterra
Anotándote dos goles

Soy lo que sostiene mi bandera
La espina dorsal del planeta, es mi cordillera
Soy lo que me enseñó mi padre
El que no quiere a su patría, no quiere a su madre
Soy américa Latina, un pueblo sin piernas, pero que camina
¡Oye!

Totó La Momposina
Tú no puedes comprar el viento
Tú no puedes comprar el sol
Tú no puedes comprar la lluvia
Tú no puedes comprar el calor

María Rita
Tú no puedes comprar las nubes
Tú no puedes comprar los colores
Tú no puedes comprar mi alegría
Tú no puedes comprar mis dolores

Totó La Momposina
Tú no puedes comprar el viento
Tú no puedes comprar el sol
Tú no puedes comprar la lluvia
Tú no puedes comprar el calor
Susana Bacca
Tú no puedes comprar las nubes
Tú no puedes comprar los colores
Tú no puedes comprar mi alegría
Tú no puedes comprar mis dolores

Calle 13
Tengo los lagos, tengo los ríos
Tengo mis dientes pa' cuando me sonrio
La nieve que maquilla mis montañas
Tengo el sol que me seca y la lluvia que me baña
Un desierto embriagado con peyote
Un trago de pulque para cantar con los coyotes
Todo lo que necesito, tengo a mis pulmones respirando azul clarito

La altura que sofoca
Soy las muelas de mi boca, mascando coca
El otoño con sus hojas desmayadas
Los versos escritos bajo la noches estrellada
Una viña repleta de uvas
Un cañaveral bajo el sol en Cuba
Soy el mar Caribe que vigila las casitas

Haciendo rituales de agua bendita
El viento que peina mi cabellos
Soy, todos los santos que cuelgan de mi cuello
El jugo de mi lucha no es artificial
Porque el abono de mi tierra es natural

Totó La Momposina
Tú no puedes comprar el viento
Tú no puedes comprar el sol
Tú no puedes comprar la lluvia
Tú no puedes comprar el calor

Susana Bacca
Tú no puedes comprar las nubes
Tú no puedes comprar los colores
Tú no puedes comprar mi alegría
Tú no puedes comprar mis dolores

Maria Rita
Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor
Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha'legria
Não se pode comprar minhas dores

No puedes comprar el sol
No puedes comprar la lluvia
(Vamos caminando)
No riso e no amor
(Vamos caminando)
No pranto e na dor
(Vamos dibujando el camino)
No puedes comprar mi vida
(Vamos caminando)
La tierra no se vende

Trabajo bruto, pero con orgullo
Aquí se comparte, lo mío es tuyo
Este pueblo no se ahoga con marullo
Y se derrumba yo lo reconstruyo
Tampoco pestañeo cuando te miro
Para que te recuerde de mi apellido
La operación Condor invadiendo mi nido
Perdono pero nunca olvido
¡Oye!

Vamos caminando
Aquí se respira lucha
Vamos caminando
Yo canto porque se escucha
Vamos dibujando el camino
(Vozes de um só coração)
Vamos caminando
Aquí estamos de pie
¡Que viva la América!
No puedes comprar mi vida

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Sobre a Esperança







Sobre a esperança


Espero estar equivocada

Sobre

O que vem por aí,

O que me contam meus instintos.

O que me canta ao pé do ouvido, consternado,

o meu grilo verde pálido.

Espero estar errada como a Lua que redonda e nua

Vaga boiando no infinito azul do céu de Jobim;

Céu que já foi mais claro

Em dias nos quais quem ditava as regras não era o capitão do mato.

Espero, porque depois de tudo decidido não há mais

Como olhar para trás;

Voltar.

Escrita a história do meu país a ferro e fogo,

Não a giz.

Espero, enquanto, reticente,

Leio as linhas que juntos
                                                         e apartados ao mesmo tempo,

Escrevemos.

domingo, 21 de outubro de 2018

O Golaço inesquecível que não existiu





O Golaço inesquecível que não existiu

Não foi um bom ano para mim e os meus se o prisma futebolístico for colocado em pauta; não senhor. Desmontado e remontado algumas vezes este ano, meu time à la Frankenstein, produziu muito pouco todo remendado. Não poderia ser diferente já que desde todo o sempre, amém, o segredo de todo bom time de futebol é ter um bom conjunto: defesa forte, meio de campo inteligente e ágil, ataque eficiente. Pois, o meu Timão, dando poucas razões para a alcunha ultimamente, depois de tanta mudança anda trançando as pernas e raramente consegue chegar ao gol.

Sendo assim, numa situação tão desfavorável para mim e meu esquadrão, ver que conseguimos chegar ao final da Copa do Brasil foi algo inesperado. E, mesmo sem a crença necessária na nossa vitória, principalmente depois de sair atrás no placar no jogo em Belo Horizonte, Corinthians e Cruzeiro em casa, último jogo da Copa, tinha chances, mesmo remotas, de ser uma grande noite para o meu bando de loucos e crentes no poder de nossa camisa e na proteção de São Jorge.

E, apesar de um começo difícil, aos 7 minutos do segundo tempo um pênalti a nosso favor. Empate com gostinho de esperança; podíamos fazer algo ainda. Aos 24 minutos, golaço de Pedrinho de fora da área, diante dos meus olhos, bem na minha frente. Êxtase! Lucas e eu festejamos verdadeiramente emocionados com a quase certeza de que seriamos campeões. Pulamos, gritamos, nos abraçamos e festejamos com os desconhecidos da mesma nação como se fossemos velhos conhecidos. Tínhamos uma boa chance e no segundo tempo estávamos mostrando que a tal vitória não seria tão impossível assim.

Porém, contudo e todavia, golaços também podem não valer nada. E o nosso, o do Pedrinho, foi lindo, perfeito e feito obra prima sem nenhum defeito. Pois, não foi bem assim. O tal VAR apontou uma falta do pequeno Jadson contra o gigantesco Dedé anulando o gol. Dedé grande não apenas em tamanho, mas também em qualidade de futebol, havia caído ao chão devido ao choque da mão de Jadson. Dedé grande e malandro, caiu porque tinha que cair sendo tocado pelo pequeno JD em tal situação; e ele foi realmente colossal na partida defendendo seu time. Mas... Mas anular o gol mais bonito que fizemos nos últimos tempos foi mesmo uma maldade da tal modernidade dos árbitros de vídeo no futebol.

O Gol inesquecível não valeu nada e, com certa razão e um toque de justiça futebolística, não fomos campeões. Eu, que por minha parte não esperava ser campeã, fiquei magoada, sentida mesmo, por terem, assim, sem muito pudor, tirado um gol tão lindo e festejado por nós; por mim. O gol inesquecível que, pelas regras, não existiu.




quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Caminhos paulistanos



As ruas da minha
cinza cidade
terra da garoa em tempos de pouca chuva
a bela de poucas palavras
que esconde seus amores atrás de muros
e pelas vielas
vamos
Sampa na música do menino Leandro

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O vinho




O vinho

Levanto a taça de vinho
Brindo
aos tempos desimportantes que temos
(que tivemos)
Contas pagas e pouco dinheiro no banco
dão me a certeza de que quando o fim do mundo vier
o meu quinhão de paraíso não estará garantido
o céu é para aqueles que nadam nas moedas
eu apenas as vejo passar
anos incríveis
anos difíceis
os anos passaram a observar por onde eu ia
e nem tiveram a decência de assoviar para que eu não dobrasse
errada
aquela esquina; anos insensíveis.
Um brinde aos nossos descaminhos!
Gosto do caminho que faço
(dos caminhos que fiz)
apesar do meu eterno descontentamento comigo e contigo
com tudo
e dessa mania irritante de querer mudar
de lugar; de lar
Queria ser árvore, sequoia centenária
feliz de estar plantada estática no mesmo lugar,
mas sou nuvem nada densa
inconstante
que vaga encantada com toda a paisagem
com o caminhar
Parece-me que o desassossego do meu poeta querido quedou-se um
bocado comigo pois
azul é a minha cor, sempre o foi
e assim,
desde menina,
algo parecia faltar-me
ou sobrar-me
um mundo infinito que existe apenas na minha cabeça
existe muito maior do que todos os planetas do sistema
e, por dentro,
lagarta esfomeada, vai roendo o meu juízo
e levanto minha taça
a um brinde sem qualquer motivo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

"Eu Já Não Sei"





Eu Já Não Sei
António Zambujo

Eu já não sei
Se fiz bem ou se fiz mal
Em pôr um ponto final
Na minha paixão ardente
Eu já não sei
Porque quem sofre de amor
A cantar sofre melhor
As mágoas que o peito sente

Quando te vejo e em sonhos sigo os teus passos
Sinto o desejo de me lançar nos teus braços
Tenho vontade de te dizer frente a frente
Quanta saudade há do teu amor ausente
Num louco anseio, lembrando o que já chorei
Se te amo ou se te odeio
Eu já não sei

Eu já não sei
Sorrir como então sorria
Quando em lindos sonhos via
A tua adorada imagem
Eu já não sei
Se deva ou não deva querer-te
Pois quero às vezes esquecer-te
Quero, mas não tenho coragem

Sobre a nossa guerra infinita...




Sobre a nossa guerra infinita...

Eleições em meu país, o tal das bananas, coqueiros e samba; aquele que não se leva a sério mesmo quando a situação é grave. Pois, parece que não nos levamos a sério mesmo, como se isso fosse característica primordial do que vem a ser brasileiro. De um repente a angústia nos toma de assalto, já que parece que corremos em direção a um abismo gigantesco. Bom, não a todos nós, tupiniquins de nascença, pois há os que acham bom, bom demais, que o Sr. Jair seja o próximo presidente deste país. Para mim, e para muitos dos meus, esperar que algo de bom venha desse senhor é como aceitar que a solução de Thanos para salvar o mundo seja plausível e boa. Ou seja, que para salvar o mundo devemos primeiro destruir a metade dele.

Final do primeiro turno das eleições e estamos nós entre o fogo e a frigideira a ter que escolher para nosso futuro presidente entre dois homens que se intitulam salvadores da pátria-amada, ou o representante dele; salve salve Brasil. Santos do pau-oco de discurso populista e frágil quando posto à prova, e que faz pouco ou nenhum sentido; estes senhores nos pretendem nos levar à terra prometida: aquela que não existe. E o fato é que muito provavelmente nos perderemos a vagar pelo deserto.

Eu, por minha vez, já apertei o botão de alerta e o modo depressão on vigora. Aquele cujo nome não deve ser pronunciado, pelo que tudo indica, será o presidente do meu país. (E o Senhor Trump ganha um upgrade aos meus olhos, pois nós conseguiremos eleger um senhor muito mais absurdo do que ele para nos governar. Que vergonha!)  Então, a partir de 2019 em nome da família e dos bons costumes muita desgraça poderá ser feita e a violência será a solução para a paz em Terras Brasilis. “Às armas Brasil!”, deve ser o novo-velho slogan que nos guiará e as roupas camufladas estarão mais uma vez na moda pelas ruas.

E o outro candidato, aquele que representa o salvador dos salvadores, pode ganhar as eleições, não pode? Pode. Contudo, isso não fará diferença alguma para além da cor com a qual pintamos os nossos exércitos. A nossa frágil e jovem democracia corre risco de ser ferida de morte e por cá, no mundo real, não há Stan Lee ou seus heróis. Pare o Mundo que eu quero descer!

quarta-feira, 3 de outubro de 2018