segunda-feira, 21 de março de 2022

eCo





 eCo

Eco oco ecoa

                                                                         Louca,

sufoco

Sufoco, sem foco

E rogo, que logo

volte à vida

a calma

da alma

minha

domingo, 20 de março de 2022

This is Not America



Estamo' aquí

Oye, que estamo' aquí

Mérame, estamo' aquí

Desde hace rato, cuando ustedes llegaron

Ya estaban las huellas de nuestros zapatos

Se robaron hasta la comida'e gato

Y todavía se están lamiendo el plato

Bien encabrona'o con estos ingratos

Hoy le doy duro a los tambores

Hasta que me acusen de maltrato

Si no entiendes el dato

Pues te lo tiro en cumbia

Bossa nova, tango o vallenato

A lo calabó y bambú, bien frontú

Con sangre caliente como Timbuktu

Estamos dentro del menú

2pac se llama 2pac por Túpac Amaru del Perú

América no es solo USA, papá

Esto es desde Tierra del Fuego hasta Canadá

Hay que ser bien bruto, bien hueco

Es como decir que África es solo Marruecos

A estos canallas

Se les olvidó que el calendario que usan se lo inventaron los Mayas

Con La Valdivia Precolombina

Desde hace tiempo, ah

Este continente camina

Pero ni con toda la marina

Pueden sacar de la vitrina la peste campesina

Esto va pa'l capataz de la empresa

El machete no solo es pa' cortar caña

También es pa’ cortar cabezas

Aquí estamos, siempre estamos

No nos fuimos, no nos vamos

Aquí estamos pa' que te recuerdes

Si quieres, mi machete te muerde

Te muerde, ah

Te muerde, ah

Los paramilitares, la guerrilla

Los hijos del conflicto, las pandillas

Las listas negras, los falsos positivos

Los periodistas asesinados, los desaparecidos

Los narcos gobiernos, todo lo que robaron

Los que se manifiestan y los que se olvidaron

Las persecuciones, los golpes de Estado

El país en quiebra, los exiliados

El peso devaluado

El tráfico de droga, los carteles

Las invasiones, los emigrantes sin papeles

Cinco presidentes en once días

Disparo a quema ropa por parte de la policía

Más de cien años de tortura

La nova trova cantando en plena dictadura

Somos la sangre que sopla la presión atmosférica

Gambino, mi hermano

Esto sí es América

Aquí estamos, siempre estamos

No nos fuimos, no nos vamos

Aquí estamos pa' que te recuerdes

Si quieres, mi machete te muerde

Te muerde, ah

Te muerde, ah

 


quarta-feira, 9 de março de 2022

A guerra

 


A guerra

Do lado de lá do azul oceano

Uma eternidade de lágrimas brota

E desde este lado apuro os ouvidos para ouvir os lamentos

Doloridos e chorosos.

Por que a maldade humana nos assombra repetida e

Cotidianamente ainda

E mais uma vez?

Por quê?

O mundo dos homens de um repente transforma-se

E nos pesadelos das noites que não são seguidas

Pelo amanhecer

o bicho papão cria feições humanas.

Nada nos assombra mais do que o fato

de sermos nós mesmos

o monstro.

Não há razões que expliquem as razões de uma guerra

e desde este lado fico mais uma vez em confusão;

Por quê?

Por que escolhemos manchar o azul oceânico que deveria refletir

a tranquilidade do céu dentro de nós?

O mundo avermelha-se com ódio

e desde aqui escancaro meus olhos porque sei:

Ouvimos pouco sobre o pior das guerras,

dos horrores das guerras falamos pouco

porque mulheres e crianças são, sempre, as mais emudecidas

depois que a primeira bomba explode.

Sem esperança no corpo

Sem luz nos olhos

Sem vida na alma seguem.

Desde aqui, tão longe quanto poderia ser um mundo azul neste momento,

Sinto-me ferida de morte

Seguimos apáticas.

CRIANCEIRAS & Manoel De Barros







domingo, 6 de março de 2022

The Singing Shadows

Uma nova velha guerra

 





Uma nova velha guerra

 

Vladimir Putin, desde 1999, governa a Rússia de uma forma ou de outra. Seja como primeiro ministro ou presidente, Putin, de cima de seus parcos 1.68 de altura, tem conseguido, de maneira pouco clara e muito perigosa para todos os seus opositores, com violência e mentiras, manter-se no poder à moda dos grandes mafiosos italianos; ou melhor, dos grandes mafiosos russos.

Há anos ouvimos muito falar do poder e do dinheiro dos russos pelo mundo. Dinheiro vindo não se sabe bem de onde e tampouco como. Dinheiro sujo, dinheiro de sangue, dinheiro violento que alimenta uma grande parte da riqueza mundial. Dinheiro grande no futebol, em grandes empresas de energia e comunicação, em museus e academias de artes.... dinheiro, muito dinheiro.

Bilionários amigos de Putin que, como ele, enriqueceram rapidamente depois do final da União Soviética em 1991, são estrelas entre homens de negócios e governos sem que muito tenha sido questionado num mundo que procura abafar qualquer murmurinho sobre a vilania dos homens que vestem ternos muito caros e desfilam com seus iates e jatos.

O dinheiro governa o mundo como sempre, ou como nunca dantes. E quem não o tem não é considerado como gente, como cidadão, sobre este planeta. Putin, e sua megalomania, (como em tantos outros governantes apegados a seus cargos a psicopatia deste senhor é óbvia) sonham há tempos com uma Grande Mãe Rússia mais uma vez.

 Aliás, anda muito em moda ouvirmos esta baboseira pseudonacionalista da boca dos governantes com poucas ideias e muita ambição. Homens e mulheres gananciosos que perceberam o quão fácil ainda é manipular mentes parcas com um discurso nacionalista, populista e vertiginosamente barato. Afinal, o que são o Mr. Trump e o Senhor Jair?

Seja lá como for, ou porque for, temos tolerado a “excentricidade” de muita gente em nome do dinheiro. E tudo parece muito bem até que um dos malucos megalomaníacos de plantão resolve abrir suas asas e mostrar as garras.

Putin que precisa manter sua popularidade e poder, de maneira torta como sempre, andava muito incomodado com a vontade ucraniana de unir-se à União Europeia. União que iria ameaçar a sua grandeza e resolveu trucar. Invadiu a Ucrânia com a pior das intenções e por motivos particulares e vis. O mundo arregalou os olhos e caiu em si. Vladimir não é de se brincar e, até onde ele irá é a dúvida que paira pesada feito chumbo no ar.

Uma nova velha guerra está por cá mais uma vez; mais uma vez movida pela ambição de poder de poucos. Mais uma vez nós, os civis quase cidadãos, estamos a sofrer e, feito moscas, vamos morrer.