quarta-feira, 27 de abril de 2011

Perdidos

incongruente

Queria saber e entender melhor
a tua visão que, jamais, será a minha.
Este sentir pontiagudo e agudo
de quem não sente,
ou talvez,
você faça como o poeta
de mil facetas
que finge não sentir a
dor e o amor que deveras sente.

Desconhecidos

Às vezes é assim:
os olhos se olham sem que perceba a mente.
Eles devem se conhecer sem que demos conta
de tal amizade e cumplicidade orbital.
Se olham intensamente, por instantes de milhões
de anos de um tempo que não se marca
pelo relógio.
Tempo perdido, quando se vê a alma
que guardamos atrás da retina
E eles sabem, donos da visão e distantes da razão,
dos sentimentos que assombram secretamente
o coração.

los ojos perdidos


Naïve

 

Naïve

A naïve soul, and its
stupid beliefs,
believed  in love
as if it were something
one could perfectly achieve.
As possible as buying bread early
in the morning,
as natural as opening our eyes
in the beginning of the day.
A common ability like: breathing, smiling
and feeling the heart beat.
As simple as that, it was for the immature soul.
Poor thing,
here comes the time to grow up,
to grow old.

beliefs

I was used to drinking you naturally
and, just like anyone else who believes
in things that can’t be seen,
I kneeled.

terça-feira, 26 de abril de 2011

ALmaHUmana


Manoel de Barros
A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.


Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

=)

Muito bem dito...

25 de Abril


Cravos e a  Revolução
Dia da Liberdade!


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

domingo, 24 de abril de 2011

o fim

Seca

Estou a perder o amor,
sabe-se lá o que é isso
de perder o amor?
Fica então cá um buraco
um naco de nada
um incômodo reticente
no peito.
Uma certa e marcante
incompetência de quem
não soube ser gente
direito,
como um pássaro que
não voa apesar de ter
asas perfeitas.
Estou a perder o amor
tal água que me escorre
pelos dedos.
Não sei retê-lo
e o vejo esvair-se
enquanto eu cá me torno
a cada dia que passa
mais seca por dentro.

Sem manual

Nego-me a seguir regras
as de bom-senso
as de bom comportamento
e aquelas que trariam de volta
a segura e tranqüila paz d’alma.
Quero a liberdade
dos sentidos, dos desatinos,
daqueles que não oferecem perigo
pois andam de alma aberta
durante todo o caminho.

Costuras

Quantas vezes suporta um
coração ver-se partido:
Uma, duas, três?
Não sei.
Comprei-me muita cola,
fita e remendos.
Agora, resta esperar
para ver.

morre

Não importa de que lado
da porta estamos.
Não importa. Se sabemos,
melancólicos, que não há mais
saídas.
Não importa quem padece
 ou não com o sentimento
da derrota.
Com a morte do amor, morre também
um bocado de fé
um tanto de fantasia
e muito do que nos define
como humanidade.

Boa Música para uma Boa Páscoa

All We need is love!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Palavra todo Santo Dia

(No Princípio Era) O Verbo
Da Weasel
No princípio era o verbo,a palavra e depois a rima,
que provocou reacções como se fosse uma enzima.
No princípio era a tesão, a fúria e a sofreguidão,
depois veio a calma, procura do saber e a satisfação.
Inspiração para uma vida melhor, um caminho melhor,
um mundo melhor, para uma pessoa melhor.
Bem-vindo ao Manual de iniciação a uma vida banal,
ao diário de bordo de uma nave espacial.
Puto Pac tá confiante, entra de rompante,
Virgul sempre constante, brilha como um diamante.
Vai começar, desaperta o cinto, acende um cigarro,
relaxa a tua mente como se fosse barro.
Palavra de Honra era e é palavra todo o santo dia X 2
Anos em preparativos, tratamentos narrativos,
tantos curativos, dou graças a Deus por estarmos vivos.
A evolução permanente, seja ponto bem assente,
quando o meu coração sente, a minha boca não mente.
Escrevo desde o meu início, nasci com esse vício,
não importa tempo e espaço, o ambiente é propício.
Faça apologia, da lírica terapia,
Palavra de Honra era e é palavra todo o santo dia.
A minha semente é o formato em fita, plástico compacto,
traço a rota de colisão, vem aí mais um impacto,
Vai começar, desaperta o cinto, acende um cigarro,
relaxa a tua mente como se fosse barro.
Refrão
Palavra de Honra era e é palavra todo o santo dia
x 4(no princípio era o verbo, a palavra vem depois..)
Presunção e água benta, cada um toma a que quiser,
o Puto pode não saber tudo, mas ao menos sabe aquilo que quer.
Nada de muito especial, tão simples que devia ser banal,
Paz de espirito, algum dinheiro, elevação espiritual.
O Manual não tem soluções, apenas algumas sugestões,
outras tantas questões, envoltas em várias canções,
Á procura do caminho certo, nunca estivemos tão perto,
o primeiro acto tá no final, yo.., o livro fica aberto.
A lição foi bem estudada, a rota foi traçada,
tripulação motivada, a doninha tá preparada,
Vai começar, desaperta o cinto, acende um cigarro,
relaxa a tua mente como se fosse barro.
Refrão
Palavra de Honra era e é palavra todo o santo dia
x 3(no princípio era o verbo, a palavra vem depois..)
Palavra de Honra era e é palavra todo o santo dia
(no princípio era o verbo, no princípio era o verbo..)
Palavra de Honra era e é palavra todo o santo dia 
x 4 (no princípio era o verbo, a palavra vem depois)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Feliz Pascua Cariños



Pale Horse Design - Tampa Bay/Florida

La Pascua vista de un punto de vista diferente. ¡Dale México!
Enviado por Luiz Fernando (aka Lú)

domingo, 17 de abril de 2011

O meu Carlitos

 

Desde bem pequena sou apaixonada, profundamente encantada, por Charlie Chaplin. Paixão que nasceu do hábito de estar com meu pai a assistir alguns programas que nós dois gostamos na televisão. Às vezes, não sei se gosto destas coisas naturalmente ou se meu amor e admiração filial, aquela idolatria que toda menina tem por seu pai, me impingiram tais gostos inconscientemente. Seja como for, adoro futebol, programas sobre animais “à la Discovery Channel” e os filmes de Charlie Chaplin desde que me lembro por gente. E, creio que este não chegue a ser um defeito ou delito grave, apenas mais um gosto anacrônico, perdido na época em que os filmes eram mudos e sem cor.
Bem, ontem comemoramos o nascimento de Chaplin e, aproveitei a data para rever algumas de suas cenas. E, pela milésima vez, este homem que morreu há mais de 30 anos me fez rir e chorar. Comoveu-me. Não há como negar seu talento, sua genialidade, pois em cada cena há poesia feita sem palavras. Entendemos os mais profundos sentimentos através de olhares e gestos simples e, ao mesmo tempo, teatrais que consideraríamos amplos demais para o bom cinema hoje. O Sr. Chaplin não quis ser um intelectual, não quis criar a arte incompreensível. Ele queria que todos o entendessem, ele queria fazer-nos rir, e conseguiu que chorássemos algumas vezes.
Em seus filmes vemos o gênero pastelão (slapstick em inglês) em sua forma mais pura e, contudo, mais refinada. Sim, o riso fácil é buscado através de tropeços, brigas e confusões de todo tipo, entretanto, cada cena é construída de forma delicada, simples e única, mas, sem nunca ser simplista. Chaplin parece mais um bailarino do que um atrapalhado vagabundo, ele é a personificação da graça, que parece brotar dele sem força alguma e espalhar-se por toda a cena. Um gênio em movimento.
Muito para além do riso fácil, em seus filmes mais bem realizados, suas obras de arte, vemos questões humanas e sociais sendo abordadas e questionadas por um artista que nunca se conformou com a injustiça e a despersonalização do ser humano. Sem ser perfeito e ter ele também seus preconceitos, Charlie Chaplin já nos falava da crescente indiferença na sociedade moderna, do preconceito e do horror da violência e da guerra e, a seu modo torto, atrapalhado, pregou o amor entre as pessoas.
Carlitos, o mais doce de todos os vagabundos, nos ensinou através de seus filmes que não temos que deixar de sermos nós mesmos, não temos que simplesmente nos adaptar a um padrão ditado. Temos sim que pensar por nós mesmos, temos que sentir tudo o que pode nosso coração conter e nunca, nunca mesmo, termos medo de mostrar quem somos ou de falhar. Sempre vale à pena tentar. Se você nunca viu um de seus filmes, recomendo que o faça. Comece por Tempos Modernos, O Garoto, Luzes da Cidade e O Grande Ditador que é seu primeiro filme falado. Valerá muito à pena, tenho certeza.
Charlie Chaplin 16 de Abril de 1889 – 25 de Dezembro de 1977.
Um beijo pra todos e boa semana.

Amor

Não há nada melhor no mundo. Ainda bem =)

A Wish


Giving you up, it's really hard doing this... And I really do not know if it is something I want to learn doing.
Should I?

Rock and Roll


It's been a long time since the beginning, and we have had so many different ways of expressing ourselves, though it is all rock and roll and we love it!

sábado, 16 de abril de 2011

One day he decided to speak...


Charlie Chaplin - The Great Dictator

Charles... Charlie... Carlitos

Charlie Chaplin and Jack Coogan

Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.

Why should poetry have to make sense?


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Charlie Chaplin

No words were necessary for this man to express the greatest love of all. Poetry in silence made by a genius.

Sir Charlie Chaplin - April 16th, 1889.

Sorriso


Quero mergulhar em tua boca, beber fluídos e saliva,
dar-te um banho com minha língua.
Ser imoral, carnal, em teu ouvido a sussurrar
toda a literatura de Sade e etc. e tal.
Quero sentir-te durante a eternidade sem fim
dos minutos que tu cedes pra mim
Ser mulher, ser homem com fome animal,
a comer-te quente, doce e inconseqüente.
Quero arranhar-te as costas e morder-te a virilha
dar-te tudo o que quiseres de tua menina
Apenas para que enfim tu sorrias assim.

Foto:Howard Shatz


Cora Coralina

Poeminha Amoroso

Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dia do Beijo


Beijo de Corpo Inteiro
Não quero dizer nada, só sentir calada
Cheirar provar tocar olhar beijar
Beijar e sentir doce tua língua
Abraçar teu quadril com as pernas
Sentir-te penetrar meu corpo e alma
Deixar mente e sentidos viajar
Um beijo pra todos no dia do beijo... beija eu!

Quino y la "vida moderna"

Quino, el papá de Mafalda, es uno de los gran hombres que todavía tenemos con nosotros. Mi admiración desde siempre pa' ti!

U2 pela 2ª vez...

PopMart Tour - a 1ª Vez =)

13.04.11 360º Tour - a continuação...
Amanhã farei umas das coisas que mais amo fazer na vida: estar num grande show de rock. Ok, o U2 é pop, mas, mesmo assim, fantástico. Pela segunda vez estarei num concerto deles, amanhã 13 anos depois do primeiro. Adoro os concertos gigantescos pela força de todos ali juntos, da energia mais do que positiva e da alegria estonteante que me invade sempre nestes momentos. A música sempre me moveu, durante a vida toda foi assim. Foi o motivo pelo qual quis aprender outros idiomas, a razão de conhecer e fazer novos amigos, aquilo que faz o meu corpo vibrar e a mente explodir efervescendo. Gosto também dos shows intimistas, da boa música que se degusta como o vinho: em silêncio e bem quietinha. Mas, amanhã será dia de gritar até perder a voz e de, mais uma vez, ter certeza que a vida é muito boa na companhia de meus amigos. Amanhã será dia de cantar músicas que canto desde os 15 anos ao lado de amigos que tenho desde antes dos 15 anos, e isso é maravilhoso sempre.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cordel do Fogo Encantado

Encantadora trilha sonora de uma noite surpreendente,
lindamente forte e crua como toda noite deve ser,
quando a poesia se fez

Olhos sorridentes

Quando meus olhos te vêem
sorriem um sorriso largo
tão amplo como pode um sorriso ser.
Sorriem
na esperança de poderem expressar
a imensa alegria que sente
todo o meu corpo
naquele instante em que
você está frente a meus olhos
e tudo o que quero na vida
é ver.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Miedo (Lenine)

Miedo

Lenine

Composição : Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis
Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá


Song sent by Marcelo, aka Malito

domingo, 10 de abril de 2011

O Medo

 

Nesta semana, um ou dois dias antes do assassinado de várias crianças no Rio de Janeiro, aconteceu algo que me fez pensar no que sentimos em relação às outras pessoas. Num dos semáforos em meu caminho para o trabalho, um pedinte passava com sua mão tímida, quase assustada, por entre os carros. Ele trazia a mão rente ao corpo, os olhos inseguros e o passo reticente. Chamei-o em minha direção para dar-lhe comida, doces ou bolachas que sempre tenho em meu carro para estas ocasiões; e para os famintos amigos que vez ou outra roubam um ou dois pacotinhos que sabem estar lá. Pois é, há sempre comida no meu carro, forma patética que eu encontrei para aliviar um pouco minha pesada consciência de quem não faz muito, quase nada, pelos outros.
Contudo, não quero falar do que faço, mas sim do medo que vi nos olhos do mendigo que se aproximou temeroso de meu carro como se eu pudesse representar algum perigo. Pensei muito nisso depois: no medo tão enraizado que todos, e cada um de nós, têm em relação às outras pessoas. De onde vem este medo? Porque tememos pessoas como nós? Sei, sei, vocês me diriam: Não vê toda a violência que nos cerca? Não vê do que o homem é capaz? Vejo sim, mas vejo também que há muito mais gente neste mundo que não merece que tenhamos medo delas só por ter.
Não vemos que tememos uns aos outros como se fossemos nós mesmos nosso maior inimigo? Ricos temem pobres por sua inveja e cobiça na mesma medida que pobres temem ricos por seu poder e falta de limites. Brancos temem negros por sua cor e negros temem brancos pela cor que eles não têm. Árabes temem judeus e vice-versa. Filhos temem seus pais e, muitas vezes, são os pais que temem seus filhos. Alunos tímidos e sensíveis temem os grandalhões e assim sucessivamente numa burra corrente onde todos perdem. E nada, nada disso faz sentido algum para mim.
No dia 20 de Abril de 1999, dois meninos entraram armados numa escola em Columbine, no Colorado (EUA), mataram 12 alunos, um professor e feriram muita gente. Assim como no Rio de Janeiro nesta semana que passou, falou-se de quão quietos e pouco ajustados à sociedade eram os atiradores, falou-se da violência divulgada pela televisão, vídeo-game e computadores via internet como motivos para tal violência sem sentido. Em 2002, o cineasta Michael Moore lançou seu documentário “Tiros em Columbine” falando sobre os fatos ocorridos no Colorado e sobre a violência em seu país e, durante todo o filme, o Sr. Moore nos mostra como o medo gera a violência nos Estados Unidos, ele é seu combustível. E eu concordo com ele.
Pois então, medo gera medo, ódio e violência. Precisamos aprender e ensinar a não temer o outro, a não vê-lo como um potencial inimigo, mas sim como alguém como nós. Somos bons afinal, não? A solução não está em comprar armas, blindar carros ou construir muros cada vez mais altos, mas em trabalhar para uma sociedade onde estas coisas sejam desnecessárias. Antes de qualquer coisa temos que entender que o respeito e o amor por toda e qualquer vida é mais importante que tudo nesta vida.  Eu, de minha parte, adoraria viver num mundo onde ninguém tivesse medo de mim nunca e onde eu não temesse ninguém. Não podemos deixar de acreditar na gentileza e na bondade. Jamais.
Boa semana e todo o meu carinho, um longo abraço e um beijinho. Força sempre pra todos nós.

Rhythm And Poetry

Gabriel Pensador - Brasil

Boss AC - Portugal

Calle 13 - Puerto Rico

Roots Manuva - England

Mos Def - USA

MV Bill - Brasil

Control Machete - México

sábado, 9 de abril de 2011

Peace made through Music

O Sol

Este homem
Sempre amei aos homens por motivos diferentes.
Uns por sua força e outros por sua sensibilidade.
Aquele por sua beleza inconfundível e sufocante,
outro por sua inteligência cativante.
Ainda há o que me fez rir, impossível resistir.
Encantaram-me quando desviaram seu olhar pego de surpresa e
quando me encararam como a questionar.
Mas então,
há este que parece conter todos.
Seus olhos me prendem astutos e sorridentes,
sua boca dona de voz inconfundivelmente forte mostra-me
que não posso me conter.
Trançados há muito tempo, cabelos grandes coroam sua cabeça
e parecem me desafiar sempre.
Não é belo, mas nele vejo toda a beleza que quero
e, tal qual esfinge egípcia pode me devorar.
Doce como o amanhecer, sabe acalentar;
é muralha que não pode ser derrubada,
mas sabe ser ponte que se dobra para eu passar.
Este homem por quem me encanto e me perco,
é dono de almas e segredos.
Mostra-me sua inteligência com palavras e sua opinião é sempre clara.
Talvez nunca mais volte a ser a mesma, e isso me faz sorrir.