quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Nicolas

Nicolas Martins Paroli, e o amor se fez pra  mim



Então foi assim
comigo a milhares de quilômetros de ti,
mesmo assim, tão de longe, que te vi.
e seja pelo motivo qualquer que for:
porque um pouco do sangue que corre em mim
está vivo em ti, Nicolas.
porque és uma parte viva do teu pai, a parte mais importante
da vida do meu primeiro menino
e, portanto, uma parte grande de mim.
ou, simplesmente, porque Deus quis,
a coisa se deu assim:
mesmo de longe, mesmo com uma foto que nenhuma
matéria física tem pra mim,
o amor se deu no preciso momento em que coloquei meus olhos em ti.
És mais que bem-vindo, és querido e para sempre
te carrego comigo,
para além da eternidade: meu Nico.


Música que teu pai gosta pra ti, pra nós.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Diving...



Are You Experienced?
Jimi Hendrix

If you can just get your,... mind together
then come on across to me
We'll hold hands an' then we'll watch the sun rise
.....from the bottom of the sea
But first

Are You Experienced?
Ah! Have you ever been experienced?
Well, I have

I know, I know
you'll probably scream n' cry
That your little world won't let go!
But who in your measly little world are trying to prove that
You're made out of gold and -a can't be sold

So-uh, Are You Experienced?
Ah! Have you ever been experienced?
Well, I have

Ah, let me prove it to you,..........

Trumpets and violins like up here in the distance
I think they're calling our names
Maybe now you can't hear them, but you will ha
if you just, take hold of my hand

oh! But Are You Experienced?
Have you ever been experienced?

Not necessarily stoned, but beautiful

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

The Beatles Strawberry Fields Forever (2009 Stereo Remaster)




Strawberry Fields Forever
The Beatles

Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever.

Living is easy with eyes closed,
Misunderstanding all you see.
It's getting hard to be someone,
But it all works out;
It doesn't matter much to me.

Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever.

No one I think is in my tree,
I mean, it must be high or low.
That is, you can't, you know, tune in,
But it's all right.
That is, I think it's not too bad.

Strawberry Fields Forever

Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever.

Living is easy with eyes closed,
Misunderstanding all you see.
It's getting hard to be someone,
But it all works out;
It doesn't matter much to me.

Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever.

Always know, sometimes think it's me.
But you know, I know when it's a dream.
I think a "No," I mean a "Yes,"
But it's all wrong.
That is, I think I disagree.

Let me take you down,
'cause I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real,
And nothing to get hung about.
Strawberry Fields forever. Strawberry Fields forever,
Strawberry Fields forever, Strawberry Fields forever.

sábado, 24 de novembro de 2012

Sete Minutos



Sete minutos durou a mais longa viagem da minha vida
sete minutos, quatorze,
de um ir e vir sem destino,
inócuo e desvalido
do Cais do Sodré à Cacilhas
adindo, assim, às lágrimas dos outros as minhas
naquele rio que, como eu,
está destinado a perder-se pelo mar.
sete minutos, quatorze,
antes e depois de ver o verde dos teus olhos
a tentar decifrar o que faziam os meus ali
a esconderem-se de ti, de mim,
numa tarde quando foi difícil, doído,
o dizer,
o comer,
o sentir,
o ser.
não me basto, e como bem o disseste, Carlos,
não há neste  mundo pessoa que me salve de mim.
Quatorze minutos, sete por fim, de Cacilhas ao Sodré
foram os mais duros minutos
da viagem mais longa que já fiz
sem olhar para trás, sem coragem para ver
o mais forte de todos os desejos a afogar-se
nas águas do rio que separa,
por sete minutos,
Lisboa de Almada.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

The Beatles - All You Need is Love (HQ)


All You Need Is Love
The Beatles

Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love

There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
It's easy

There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
It's easy

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
It's easy

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
Love is all you need
(She loves you yeah, yeah, yeah!)

O primeiro presente do Nicolas, e o que eu desejo de coração pra ele: muita música e amor. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O lado do lado de lá

Menina palestina e tanque Israelense, um resumo de guerra

Quando uma ditadura, como a Síria, 
assassina sua população rebelde
fala-se de um crime horrendo
Quando Israel, que ocupa a Palestina,
assassina sua população sufocada
fala-se em defesa de uma nação
Não há o certo. 
Há o lado certo para estar:
o lado que está ao lado 
do lado onde o dinheiro está.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O tempo



diz-se do tempo que cura
um remédio
o único
receita para as almas que sonham de olhos abertos
diz-se do tempo que passa
um esquecimento
para a mente que erroneamente sente
eu
digo do tempo
que ele serve para acalentar os sentimentos e guardá-los , sentimentos de vinho,
                                                                                                                     com zelo
que serve para cultivar e regar
com sol
              nuvem
    vento
                     beijo
e mar
para ver florescer, mesmo contra toda a lógica que há,
o amor mais sem vergonha, feito Maria de jardim, de existir
o amor que existe hoje, e existirá sempre
em mim



sábado, 17 de novembro de 2012

Perdida


Bebê Hanen Tafish, de 11 meses, no necrotério do hospital Al Shifa , Gaza.  (Mahmud Hams AFP)


Há alguns dias me sinto perdida, sem saber para onde devo olhar todas as vezes que vejo novas estatísticas sobre as mortes que ocorreram por estes dias. Estou cansada de ouvir estes números a cada amanhecer, e já que não posso simplesmente fingir não ouvi-los, abrir os olhos pela manhã tem sido doloroso. Sei que sempre houve e haverá gente a morrer por motivos naturais ou não; de morte morrida ou de morte matada como dizemos por aqui. Entretanto, isso de ver as pessoas se matando por aí como se isso fosse mesmo parte da vida, algo corriqueiro e natural, não é plausível para mim.

Entendo quando chega um furacão a destruir muitos de nós, quando a terra sacode e se abre querendo nos engolir ou quando um touro tem a sorte de, por instantes, vingar a todos os irmãos falecidos e atinge de morte o toureiro. Nestas situações, sei para onde olhar e como me sentir. Chego a compreender, de coração, a capacidade que temos de matar o outro para salvar-nos ou para proteger a vida de um de nós. Sei que eu mataria por minha família e por meus meninos, num arroubo irracional e violento, para salvar-lhes a vida. Sei disso e compreendo porque o faria.

Agora, mesmo assim, como compreender que alguém faça planos para matar a um outro alguém? Como entender que se faça guerra por terras, por dinheiro e por poder? Como perceber as razões que levam pessoas de uma mesma cidade a matarem-se sistematicamente porque se pensam diferentes? Como podemos pensar que se fará justiça nesta vida injustamente?

Sinto-me perdida ao ver esta luta continua num mundo onde não há mocinhos e onde, ainda assim, somos todos nós vítimas. Não há o certo e o errado, o bem e o mal; há apenas o sangue derramado, o nosso sangue e o alheio misturados pelas ruas e pelas casas dessa aldeia que depois de tanta evolução humana parece tornar-se mais e mais irracional com o passar dos tempos.

Estou cansada e queria muito que alguém pudesse me explicar a imagem que ilustra este texto. Eu não a percebo; e sinto, com um pesar insuportável, que chorar por ela não muda nada por aqui. Há explicação para algo tão cruel assim?

Um beijo para todos.

LA BALA



La Bala
Calle 13

El martillo impacta la aguja
La explosión de la pólvora con fuerza empuja
Movimiento de rotación y traslación
Sale la bala arrojada fuera del cañón
Con un objetivo directo
La bala pasea segura y firme durante su trayecto
Hiriendo de muerte al viento, más rápida que el tiempo
Defendiendo cualquier argumento
No le importa si su destino es violento
Va tranquila, la bala, no tiene sentimientos
Como un secreto que no quieres escuchar
La bala va diciéndolo todo sin hablar
Sin levantar sospecha, asegura su matanza
Por eso tiene llena de plomo su panza
Para llegar a su presa no necesita ojos
Y más cuando el camino se lo traza un infrarojo
La bala nunca se da por vencida
Si no mata hoy, por lo menos deja una herida
Luego de su salida no habrá detenida
Obedece a su patrón una sola vez en su vida

Hay poco dinero, pero hay muchas balas
Hay poca comida, pero hay muchas balas
Hay poco gente buena, por eso hay muchas balas
Cuidao' que ahí viene una (Pla! Pla! Pla! Pla!)

Hay poco dinero, pero hay muchas balas
Hay poca comida, pero hay muchas balas
Hay poco gente buena, por eso hay muchas balas
Cuidao' que ahí viene una (Pla! Pla! Pla! Pla!)

Se escucha un disparo, agarra confianza
El sonido la persigue, pero no la alcanza
La bala sacas sus colmillos de acero
Y sin pedir permiso, entra por el cuero
Muerde los tejidos con rabia y arranca,
El pecho a las arterias para causar hemorragia
Vuela la sangre batida de fresa
Salsa boloñesa, syrup de frambuesa
Una cascada de arte contemporaneo
Color rojo vivo, sale por el cráneo

Hay poco dinero, pero hay muchas balas
Hay poca comida, pero hay muchas balas
Hay poco gente buena, por eso hay muchas balas
Cuidao' que ahí viene una (Pla! Pla! Pla! Pla!)

Hay poco dinero, pero hay muchas balas
Hay poca comida, pero hay muchas balas
Hay poco gente buena, por eso hay muchas balas
Cuidao' que ahí viene una (Pla! Pla! Pla! Pla!)

Seria inaccesible el que alguien te mate
Si cada bala costara lo que cuesta un yate
Tendrías que ahorrar todo tu salario
Para ser un mercenarío, habría que ser millonario
Perto no es así, se mata por montones
Las balas son igual de baratas que los condones
Hay poca educación, hay muchos cartuchos
Cuando se lee poco, se dipara mucho
Hay quienes asesinan y no dan la cara
El rico da la orden y el pobre la dispara
No se necesitan balas para probar un punto
Es lógico, no se puede hablar con un difunto
El diálogo destruye cualquier situación macabra
Antes de usar balas, diparo con palabras
Pla! Pla! Pla! pla!

Hay poco dinero, pero hay muchas balas
Hay poca comida, pero hay muchas balas
Hay poco gente buena, por eso hay muchas balas
Cuidao' que ahí viene una (Pla! Pla! Pla! Pla!)

Hay poco dinero, pero hay muchas balas
Hay poca comida, pero hay muchas balas
Hay poco gente buena, por eso hay muchas balas
Cuidao' que ahí viene una (Pla! Pla! Pla! Pla!)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ausência




ela arranha,
tal areia arranha, a retina
donde a água brota
natural apesar de contra toda natureza
ela arranha,
arranha de dentro pra fora,
a palavra presa que cava
minuciosa sua saída
e arranha artérias e veias
e se agarra à traqueia tal enforcado à corda
quando
a tua ausência em mim acorda

domingo, 11 de novembro de 2012

Vestido Negro



E quando chega a noite eu conto os minutos à espera de um sinal por ténue que este possa ser, um sinal da tua atenção. Porventura uma amostra de dedicação, assim o queiras, assim a queiras dispensar. Uma mensagem que seja (pode ser curta, pode ser mínima, desde que seja – e para isso basta um asterisco). Algo que revele curiosidade, ou quem sabe, preocupação com o meu bem-estar. Algo que atenue o desconforto que hoje sinto pela imitação da vida que vou levando sentado com um sorriso na sala de estar. Eles riem pra mim. E eu vou anuindo cinicamente, ao mesmo tempo em que penso no vestido negro do qual falaste, como se fosses uma adolescente ansiosa pela sua primeira saída à noite.

Tenho saudades tuas.

Saudades de alguém que na verdade não conheço mas julgo entender. Melhor: tenho saudades de alguém que, mais que tudo, eu quero que seja aquilo que o meu desejo idealiza ser. Suponho que não o serás (não existe pessoa assim). Mas mostra-me esse vestido, tal como prometeste, e já agora levanta-o até à coxa... eu prometo que não te chateio mais. Pelo menos até a manhã chegar e eu realizar que acordei. Sozinho.

by Carlos Nobre em A Gramática da Paixão Dramática






A minha canção...

Pássaros



Eu detesto ver pássaros em gaiolas! Tadinho do bicho, ter o mundo inteiro para voar e não poder fazê-lo, só para satisfazer o egoísmo dos que os querem para enfeite!

Conheci um senhor que tinha dezenas deles, cada um na sua linda gaiolinha, no (pasmem!) porão da casa! Uma vez por dia ele punha todas as gaiolas no quintal para o banho de sol. Uma vez perguntei a este senhor se ele não tinha pena. Ele me respondeu que não, pois tratava bem os pássaros, as gaiolas eram espaçosas e nunca faltava água nem comida. Fiquei pensando o que ele acharia se o trancassem num quarto grande, confortável, onde servissem boas refeições nos horários certos, mas nunca o deixassem sair de lá...

Bonito mesmo é o pequeno jardim da casa dos meus ex-sogros. Cheios de vasilhas com água e frutas, um doce agrado para tantos bicos que lá vão passear todos os dias: sabiás, pardais, beija-flores, que vão e vêm quando querem, livres. Dá pra ficar um tempão na janela da cozinha, em silêncio, admirando e rindo com o beija-flor, valentão, que não quer deixar os outros aproveitarem a farra, só ele.

Aqui no prédio ao lado havia uma arara. Pensem numa sacada de 2 x 1 m. Nessa sacada a mente inteligente do dono do bicho conseguiu fazer um cercadinho e colocar a pobre arara lá. Cansei de vê-la tentando abrir as asas, em vão, porque o espaço não dava. Você pode dizer que era só o barulho comum que as araras fazem, mas pra mim eram gritos de desespero. Acionei as autoridades e depois de um empurra-empurra a Secretaria do Meio Ambiente me disse que o dono da arara tinha autorização do Ibama, ou seja a situação da arara ela legal. Legal pra quem? Ainda que fosse um bicho que não tivesse mais condições de viver solto na natureza, deixá-lo viver naquele cercadinho era a mesma coisa que decretar-lhe a sentença de morte. Mas passados uns dias ela não estava mais lá... Será que conseguiram um espaço maior ou ela não resistiu?

Não é bom demais ver uma revoada de pássaros no céu? Aquele é o lugar que Deus pensou pra eles... E se Deus já pensou a gente não precisava reinventar, não acham?

11/11/12
by Ana Paula Guedes (irmã de coração)

sábado, 10 de novembro de 2012

A minha terra é de ninguém




De repente, não mais do que de repente, passou a fazer parte da rotina de São Paulo contar o número de corpos deixados pra trás com balas neles alojadas. Recortes e recados de uma guerra entre o bem e o mal, (ou entre o mal e o mal, ou entre o bem e o bem, tudo depende de como se vê a questão), que nos faz sentir que estamos mais próximos da Síria ou do Paquistão. E a grande Sampa, com seu povo vindo de todos os cantos do planeta, tão gigantesca por natureza, me parece agora um tanto quanto apertada demais, pequena.

Pequena ao ponto dos paulistas e paulistanos não caberem mais nela. Hoje, apesar de a amarmos muito, do jeito que se ama o lugar ao qual chamamos de lar, sentimos que nossa cidade deixa de nos pertencer. São Paulo anda a escapar por entre nossos dedos; Sampa não é mais daqueles que ali nasceram ou que resolveram adotá-la de coração. Não é mais a nossa nação feita de retalhos desde o seu nascimento e que, por isso mesmo, aprendeu a chamar de seu cidadão a qualquer imigrante ou estrangeiro que nela decidiu viver.

Sempre me orgulhei do meu canto por sentir que ele pertencia a todos que o aceitassem como seu; lugar de portugueses, índios, italianos, espanhóis, japoneses e toda e qualquer nação. Casa de brancos e negros, de heterossexuais e homossexuais, de hippies, “mauricinhos” e de quem ama o rock. O lugar de católicos, judeus, árabes, budistas, filhos de Olorun, de toda religião. Terra de todo tipo de gente que, desde a minha adolescência, podia ser como quisesse ser e isso não era da conta de ninguém.

Contudo, há tanto tempo ignoramos os problemas que estão sob o nariz, toda a falta que há por aqui.  A falta de escola e educação, a falta de respeito e consideração, a falta de transporte público e de condição, a falta de amor, fraternal ou não, a falta de dignidade e de igualdade. Pois, então, agora falta-nos, a todos nós, a liberdade para viver. Sampa não é mais de ninguém.

E mesmo sabendo que a vida, por melhor que seja, nunca será pura e completamente justa, temos que começar a nos indignar com aquilo que já deveria ter-nos indignado há muito tempo. Devemos lembrar que é um absurdo que a cidade mais rica deste país submeta a maioria de seus cidadãos a algo que não podemos chamar de vida, e que haja tanta gente morando na rua. Devemos nos revoltar com a inércia de um governo rico que, ao invés de preocupar-se com o bem estar de quem mora aqui, preocupa-se apenas com sua manutenção no poder e com seu enriquecer. Vamos lutar por uma solução, por mais educação e para que não haja tanta gente crescendo no meio da violência, e não por paliativos como a redução da maioridade penal. Porque, senão, a única coisa que conquistaremos é mais gente na prisão. E vai faltar cadeia nesta nação.



Got the Blues...





Love Is A Losing Game
Amy Winehouse

For you I was a flame
Love is a losing game
Five story fire as you came
Love is a losing game

Why do I wish I never played
Oh, what a mess we made
And now the final frame
Love is a losing game

Played out by the band
Love is a losing hand
More than I could stand
Love is a losing hand

Self professed... profound
Till the chips were down
...know you're a gambling man
Love is a losing hand

Though I'm rather blind
Love is a fate resigned
Memories mar my mind
Love is a fate resigned

Over futile odds
And laughed at by the gods
And now the final frame
Love is a losing game

domingo, 4 de novembro de 2012

Sem Fim



Para que toda a discussão
a respeito da eternidade ou não
do amor? De qualquer e todo amor.
E por que o questionamos
devido à falta de provas em favor  de sua eternidade
 se o homem é tão efêmero como
todo sentimento?
E eu aqui, que nem homem chego a ser,
não consigo entender o final de um amor. Não sei deixar de amar
nem onde fica o tal botão que alguns apertam
para simplesmente o desligar.
Amor para mim não termina,
apenas esconde-se num canto do peito, feito refugiado
expulso de sua terra, triste e só
pelo seu desterro.



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um menino feito de vento





A primeira coisa que eu vi quando Diego nasceu foi sua mão de dedos muito longos e magros; mãos de pianista com seus dedinhos de aranha bem branquinhos e impressionantemente longos para um recém-nascido. Diego era, naquele momento, ainda muito parecido com seu irmão, o meu Pedro, mas, ao mesmo tempo, aquele menino já dava mostras das diferenças e novidades que nos mostraria durante a vida.

Nesta última quarta-feira, sentada com ele na sala e com seu braço quebrado à altura do punho na minha mão, lembrei-me desse momento: de seus dedos compridos a saírem para o mundo como se quisessem tateá-lo. Dieguito nasceu em movimento. Hoje, aos 3 anos e meio, ele  já mostrou ao que veio. Ainda muito branquinho e magrelo, com seu perfil longilíneo e dourado tal anjo torto, nada rechonchudo ou tranquilo, este menino desafia a ordem das coisas e a maneira como elas são e estão. Diego é movimento constante e uma personalidade forte e desafiadora que parece não conhecer o significado da palavra sossego, um menino feito de vento.

E lá estávamos nós: ele com dor no braço que quebrara numa queda até rotineira no meio da sua correria diária, e eu com dor na alma vendo seu braço antes reto agora quase a formar um esse na minha mão. Foram poucos os minutos entre a queda e a nossa saída às pressas para o hospital, entretanto, não houve como não sofrer por ver o meu Magrelo ferido. E nestes momentos dá mesmo vontade de ser muito mais do que um ser comum. Ser gente parece pouco demais. Dá vontade de ter superpoderes, de poder consertar tudo, de voltar no tempo e de ter feito algo diferente para mudar o presente. Mas, não há como voltar atrás, infelizmente.

Sei que logo a dor passará e que Diego esquecerá tudo o que aconteceu neste Halloween desastrado. Ficará apenas uma cicatriz que no futuro se juntará a outas a mostrar sinais de seu percurso pela vida de menino a virar homem; e ainda há muito tempo pela frente. Tempo para nos conhecermos mais e para aumentar e aprofundar este amor que hoje existe entre nós; um amor que, ao oposto de tudo que Diego faz, nasceu lentamente para durar para sempre.


Um beijo para todos que amo, família e amigos.  Um beijo especial para o Diego que, mesmo sem o ser no papel, é meu afilhado de coração.

Um beijo da Madrinha Didi!


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mr. Kiedis 50 Birthday




Fortune Faded
Red Hot Chili Peppers

They say in chess you gotta kill the queen, and then you made it
Oh I, do you?
A funny thing, the king who gets himself assassinated
Hey now, every time I lose
Altitude

You took a town by storm, the mess you made was nominated
Oh I, do you?
Now put away your welcome, soon you'll find you've overstayed it
Hey now, every time I lose
Altitude

So divine, hell of an elevator
All the while my fortune faded
Never mind the consequences of the crime
This time my fortune faded

The medicated state of mind you find is overrated
Oh I, do you?
You saw it all come down and now it's time to imitate it
Hey now, every time I lose
Altitude

So divine, hell of an elevator
All the while my fortune faded
Never mind the consequences of the crime
This time my fortune faded

Come on God, do I seem bulletproof?
Ooooooooooh

So divine, hell of an elevator
All the while my fortune faded
Never mind the consequences of the crime
This time my fortune faded
So divine, hell of an elevator
All the while my fortune faded
Never mind the consequences of the crime
This time my fortune faded