quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sem razão de ser


OlhosCrentes


Um dia os olhos abriram-se como nunca antes fizeram,
a olhar um mundo falacioso como se fosse
 a vida que a eles pertence;
a vida que os espera além de oceanos e cordilheiras
feitos de crença.
Vão os olhos, enfeitiçados por olhos alheios à dor
da ilusão, a guiar as pernas à perdição.
Ah, estes olhos meus, tão certos em seus equívocos quixotescos,
acham-se capazes de enxergar muito além;
de ver aquilo que mais ninguém vê. Globos tolos
que se imaginam visionários a reconhecer os passos,
e a sentir o compasso
de todo o bem querer.
Meus pobres olhos cegos, iludidos, pensam ver esta verdade
que não passa de miragem e,
de perto,
desaparecerá.

AlmaMenina


Procuro a menina
não para bonecas
nem para as casas de uma amarelinha saltar
procuro a menina
apenas para justificar
a falta de razão, de bom-senso e de siso
desta paixão
tão propriamente inerente
a alma da menina que fui um dia
e que deve esconder-se
nalgum canto secreto e cheio de estrelas,
vagalumes
e borboletas
deste meu coração.

sábado, 23 de junho de 2012

Coisa de Menina





Na última quarta-feira passei pelo estresse do ano e, felizmente, não foi o último. Agora, plácida como um monge budista assistindo ao jogo entre Espanha (para a qual estou torcendo) e França, não sou nem sombra da torcedora à beira de um ataque de nervos, à la Mr. Allen, que fui durante o último jogo do meu Corinthians. Sim, sou corintiana. Se é que alguém ainda não sabia disso? Bem, quase enfartei. Roí as unhas, coisa que nunca faço, passei mal dos nervos e chorei, pela primeira vez na minha vida, ao ver um jogo de futebol. Algo que o mundo duvidava e que nós, corintianos, ansiávamos mais que tudo aconteceu: classificamo-nos para a final da Copa Libertadores da América pela primeira vez.

E este será um sofrimento e/ou um prazer solitário, sentido apenas por aqueles que são, como eu, encantados pelo Timão; ou seja, mais ou menos 30 milhões de loucos alvinegros. Não penso que isso mudará qualquer coisa na vida de torcedor algum ou mesmo do nosso time. Nós não nos tornaremos melhores do que os outros, não seremos perante o mundo o melhor time que já se viu ou coisa que o valha. Claro que não. Contudo, teremos o prazer de ver uma conquista inédita para nós, e este sentimento será incomparável e inesquecível. Algo melhor do que ver o Brasil campeão do mundo, com toda certeza. E pouco importa se há outros times que ganharam mais ou menos vezes o mesmo torneio, ou se há aqueles que jamais o ganharão; importará, simplesmente, ver o feito do time do coração.

Entre o nervosismo dos 90 e poucos minutos e o choro aliviado e mais que satisfeito do final, pensava apenas na minha avó Luiza e no quanto eu gostaria que ela estivesse viva para ver estes jogos. Sei que podemos perder na final, mas mesmo assim, seria muito bom tê-la aqui. Seria divertido e inspirador vê-la com o rádio à pilha grudado ao ouvido enquanto, e ao mesmo tempo, assiste à televisão tal como fazia quando eu era uma menina. Aquele era um momento de glória para mim: minha avó, apesar de seu marido palmeirense verdíssimo, vivia plenamente sua paixão pelo Corinthians. Futebol, na minha família, é coisa de menina há algumas gerações.

Hoje, às vésperas de, talvez, ser campeã da Copa Libertadores da América pela primeira vez na história do meu time, uma porção de questões distintas e importantes (ou nem tanto assim) passam pela minha cachola que respira futebol. Devo pedir desculpas ao mundo por me ocupar tão prioritariamente de um simples campeonato de futebol e deixar para lá os absurdos da atual campanha política brasileira, a Rio+20, as guerras no oriente médio, a situação periclitante do Paraguai e a situação crítica da Europa? Talvez. Mas paixão é coisa séria tanto quanto cega, e a minha em nada difere das outras tantas que temos por aí.

Então, seja lá como for e o que vier daqui para frente, fica para minha abuela Luiza, que chamava a seus filhos e netos de meus pretinhos (e que saudades disso) e que fazia pães como ninguém, esta Libertadores. Ela nos fez, a mim, meu pai, meu irmão, tios e muitos primos assim: corintianos. E, por isso, a vitória ou apenas esta luta suada e apaixonada do time é para ela. Sinto saudade das risadas da dona Luiza e de ouvi-la dizer: “É o Corinthians!”, com um sorriso malicioso no rosto.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Final da Libertadores de 2012



Estamos na Final da Libertadores. Pra ti, minha vó Luiza. Grita aí do céu ao lado de São Jorge:
É Corinthians!!!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Que nunca percamos a capacidade de nos indignarmos


Isso é bem pior que o ex-ministro da Justiça defendendo o Cachoeira!

Lula visitando Maluf — sim, Maluf: o PT vende mais um lote de sua antiga alma por 1 minuto e 43 segundos no horário eleitoral. O aperto de mãos antes inimaginável: Lula, derramando-se em sorrisos, com o Demônio em pessoa -- e Haddad no meio (Foto: Folhapress)

Ele era o Cão, o Maldito, o Inominável. Desde que surgiu na política, bajulando a ditadura para conseguir ser prefeito biônico de São Paulo, depois, sendo secretário dos Transportes e, posteriormente, utilizando métodos que todo mundo conhece para ganhar a “eleição” indireta para governador (cargo que exerceu entre 1979 e 1982), Paulo Salim Maluf, 81 anos, foi combatido ferozmente pelos militantes que, a partir da fundação do partido, em 1980, seriam os quadros do PT.

Seu modo de fazer política, seu modo de governar, suas prioridades como homem público, sua proximidade e vassalagem à ditadura, a maneira ela qual conseguiu ser “candidato” a presidente pelo Colégio Eleitoral — tudo o que contribuiu para unir políticos moderados que até então apoiavam a ditadura para voltar-se ao candidato da oposição ao Planalto, Tancredo Neves — eram o extremo oposto de tudo o que o PT dizia defender.

Dizia. Porque depois que “Lulinha paz e amor” se elegeu presidente, em 2002 (precedido por comportamentos heterodoxos de prefeitos e governadores petistas), as coisas mudaram. O deus todo-poderoso do lulalato abjurou umas tantas coisas, abriu os braços para gente como Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Romero Jucá e tantos outros do mesmo jaez, e aceitou, feliz, o apoio parlamentar do malufismo, que sempre se situou na outra ponta do espectro ideológico “deste país”. Depois, quando Collor se tornou senador– o mesmo Collor que havia, entre outras proezas, utilizado de forma sórdida a vida pessoal de Lula na histórica primeira eleição presidencial depois da ditadura, em 1989 –, sem pudor algum aceitou a aliança com o homem escorraçado da Presidência, e por aí vai.

Mas homenagear pessoalmente Maluf, como Lula fez hoje, é um passo inédito, significa um grau mais no constante processo de arremesso ao lixo que o PT pratica com suas antigas alegadas convicções e com sua antiga proclamada ética, que uma sentença condenatória no caso do mensalão terminaria de afundar na lama. O ex-presidente dirigiu-se à mansão de Maluf na rua Costa Rica, no Jardim América, em São Paulo, levando pela mão seu candidato a prefeito da capital, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, acompanhado de todo um séquito petista (leia reportagem do site de VEJA), para agradecer o apoio do ex-Diabo à candidatura que Lula tirou do bolso do colete.

A procissão antes impensável do petismo até a casa de Maluf é o preço que o PT está pagando para ter 1 minuto e 43 segundos a mais de tempo no horário eleitoral gratuito.

É mais um lote da antiga alma que o PT está vendendo.
TEXTO ENVIADO POR: ANA PAULA GUEDES (irmã de coração e alma), de A Folha de São Paulo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Junho mal chegou e lá vem o Natal

Fernando Pessoa sentado, pela eternidade, no café A Brasileira em Lisboa


Cá está o mês de junho acelerado como sempre. Trinta dias que mais parecem quinze assinalando, com seu passar do tempo hiperativo, que o final do ano já nos espia da próxima esquina. Agora acaba o primeiro semestre, e as crianças contam os dias para o início das férias enquanto botas, cachecóis e casacos passeiam vez ou outra a colorir o inverno cinza da porção sul do meu país. O norte do planeta dá vazão às bermudas, vestidos e Havaianas que hoje são moda no planeta todo, e nós celebramos o amor no Brasil através de um dia dos namorados fora de hora e na contramão do resto do mundo. Data que me deixa cheia de dúvidas e meio reticente, mas, por via das dúvidas, mandei eu também o meu “Valentine’s gift” tupiniquim só para garantir. Afinal, quem sou eu para desdenhar do amor às vésperas do dia de Santo Antônio?

Por minha parte, adoro o mês de junho por causa das festas juninas e porque foi o mês no qual ganhei meu primeiro e único irmão. Mas que ele, o mês seis, nos traz esta sensação de que o final principia aqui, bom... Isso não se nega. Quando ele terminar, daqui a doze dias num sábado igual a muitos, teremos plena certeza de que uma parte significativa deste ano já se foi e que tudo que pertenceu ao início do ano é passado e ficou, sem mágoas, atrás de uma porta bem fechada. Restará, então, apenas uma metade do ano, e parecerá que já está chegando a hora de pensar e planejar o que faremos nas férias de dezembro.  E o mundo, que sofria a ameaça de acabar neste 2012, apenas discute seu futuro com toda a devastação, obra nossa, numa Rio + 20 que me assombra mais por conta de seu número do que por todas as constatações às quais possam chegar. Vinte anos passaram como um cochilo para mim que ainda me lembro dos acontecimentos de 1992.

Ciente de que o tal fim do mundo não seria nenhum fim-do-mundo afinal, em 2011 planejei muitas mudanças para este ano que teve e terá muitos finais e recomeços para o meu pequeno-mundo-particular.  Mudança no trabalho, no endereço, na posição neste globo, e a minha primeira visita ao continente do qual vieram quase todos os meus bisavós. Espanha e Portugal me esperam com um Mundo (em crise) cheio de coisas novas: cheiros, gostos, paisagens, sensações, amigos novos e uma paixão que parece não terminar. Apesar de eu saber que tudo, um dia, fatalmente acabará. Mas isso não é assunto com o qual devemos, por antecipação, nos preocupar. Pois, ao mesmo tempo em que as mudanças assustam, elas são boas demais depois que o primeiro susto passa e, a partir daí, relaxamos, aproveitamos e aprendemos tudo com a vida nova.

Um beijo com gosto de pé-de-moleque para celebrarmos esta passagem do ano junina e lembrarmos que o tempo passa e, por isso mesmo, temos que nos preocupar com uma coisa antes de tudo: com a melhor maneira de aproveitar o tempo que temos e que, inevitavelmente, passará.


sábado, 16 de junho de 2012

Violeta Parra



Volver a los diecisiete



(Violeta Parra)

Volver a los diecisiete
después de vivir un siglo
es como descifrar signos
sin ser sabio competente.
Volver a ser de repente
tan frágil como un segundo,
volver a sentir profundo
como un niño frente a Dios,
eso es lo que siento yo
en este instante fecundo.
Se va enredando, enredando,
como en el muro la hiedra,
y va brotando, brotando,
como el musguito en la piedra,
ay, sí sí sí.

Mi paso retrocedido,
cuando el de ustedes avanza;
el arco de las alianzas
ha penetrado en mi nido
con todo su colorido,
se ha paseado por mis venas
y hasta las duras cadenas
con que nos ata el destino
es como un diamante fino
que alumbra mi alma serena.
Lo que puede el sentimiento
no lo ha podido el saber
ni el más claro proceder
ni el más ancho pensamiento.
Todo lo cambia el momento
cual mago condescendiente,
nos aleja dulcemente
de rencores y violencia:
solo el amor con su ciencia
nos vuelve tan inocentes.

El amor es torbellino
de pureza original;
hasta el feroz animal
susurra su dulce trino,
detiene a los peregrinos,
libera a los prisioneros;
el amor con sus esmeros
al viejo lo vuelve niño
y al malo solo el cariño
lo vuelve puro y sincero.

De par en par la ventana
se abrió como por encanto,
entró el amor con su manto
como una tibia mañana;
al son de su bella diana
hizo brotar el jazmín,
volando cual serafín,
al cielo le puso aretes
y mis años en diecisiete
los convirtió el querubín.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

FORBIDDEN VOICES FILM TRAILER



Vozes de mulheres a gritar porque este não é um Mundo apenas de homens fortes

Chuva e Estrelas


Vagalumes sorriram iluminados como

se hoje fosse uma noite de infância no quarto de teto estrelado de ontem.

Sorri também, como nos dias alagados de alegria

Dias de banho de mangueira,

banho de chuva

a lavar a alma com iluminadas gotas d’água. corpo molhado,

e a certeza que ainda haveria um mar de vida à minha frente.

Ontem, acreditei em tudo mais uma vez:

em gotas de chuva,

em  guias de estrelas,

nas possibilidades mágicas de sonhos

 e nos desejos benfazejos de uma paixão de anjo-da-guarda

que ganha asas e ensaia voos

coloridos e barulhentos

a gritar o amor.

Amor que vive no peito encharcado de gotas de chuvas de todos os tempos

e iluminado por estrelas que sabem

sorrir

domingo, 10 de junho de 2012

Onde nasce o Ódio?





Nesta semana percebi que passa muito longe de mim a idéia correta do que venha a ser o ódio. Simplesmente não sei compreender e definir o significado deste sentimento tão humano quanto o amor. Aliás, muitos dizem que entre o amor e o ódio há apenas uma linha divisória tão tênue que a ultrapassamos sem nos darmos conta disso. Eu, por minha parte, duvido muito disso. Não entra na minha cabeça esta estória de que podemos odiar a alguém que amamos um dia. Não. Podemos ficar magoados, sentidos, ter a raiva momentânea quando algo que não gostamos acontece, mas é isso. E esses sentimentos estão a quilómetros do ódio, certamente.

 Fui aos dicionários para ver se eles me esclareciam a questão, para ver se isso de odiar me ficava mais claro e eu compreendia, por fim, os porquês deste sentimento. O ódio, de acordo com o Seu Aurélio, é uma aversão inveterada e absoluta; raiva; rancor; antipatia. E não é que o tal dicionário não me esclareceu nadica de nada? Sim, porque a raiva eu entendo como um espirro, ou seja: algo que incomoda e irrita, mas que passa em segundos e, vamos concordar, depois de uns cinco minutos ninguém lembra que espirrou, lembra? A antipatia é comum, vá lá. Afinal não gostamos de todo mundo. Há aqueles que consideramos chatinhos e dos quais, disfarçadamente ou não, nos afastamos sempre que possível. Mas este é um sentimento corriqueiro e, não deve nos incomodar porque, com toda certeza, há pessoas que nos acham uns chatos também. E, contribuindo com Nelson Rodrigues, eu diria que a unanimidade é falsa, além de burra.

Mas, cadê o tal ódio que nos cega? Por que e onde nasce e vive este sentimento tão forte que justifica desde o extermínio de povos vizinhos até o esquartejamento de amantes? Que coisa é essa que faz com que pessoas agridam umas as outras apenas pelo fato delas serem como são, sem que tenham trocado uma palavra ou um olhar sequer? Por que há em alguns esta capacidade de odiar que em nada me parece próximo a amar, mas sim o inverso completo disso? Não sei.

Nesta semana vi depoimentos de meninos palestinos, entre 12 e 17 anos, presos por serem meninos-bomba e terem tentado explodir-se e levar consigo alguns israelenses inocentes, ou nem tanto assim. Curiosamente, não havia ódio nas palavras deles, mas apenas a estranha idéia de que aquilo era o melhor que podiam fazer para si mesmos e os seus; uma vingança contra homens sem rosto em busca da paz e da felicidade num paraíso de contos fantasiosos. Meninos confusos e sem expectativas, mas e o ódio?

Um amigo postou o seguinte esta semana: "É uma das coisas mais tramadas que descobri sobre as emoções humanas e o traiçoeiras que podem ser - que por mais que se odeie de alma e coração um sítio, ainda se pode ter saudades dele. Já sem falar nas saudades que podemos ter de uma pessoa que odiamos de alma e coração." em "O Segredo de Joe Gould", de Joseph Mitchell.  O que  me soou masoquista, e confundiu-me ainda mais. Afinal, o que é odiar? O que significa a aversão inveterada e absoluta? O rancor?

Bom, talvez, o melhor seja, simples e ingenuamente, desconhecer o significado real do tal ódio e seguir em frente apenas com a intenção apatetada de comprovar a veracidade do verbo amar.



Um beijo sem raiva alguma, só com carinho, para todos.

Boa semana

domingo, 3 de junho de 2012

E alguém entende os homens?





Pois é, comecei questionadora e de chofre, quase inquisidora de tocha na mão, a dizer ao que vim desta vez: perturbar o juízo masculino.  E, por quê? Por que é uma idéia divertida juntar-me à mulherada a fazer uma das coisas que mais perturbam os seres machos deste planeta, que é: enche-los com um número infindo de perguntas sobre o seu comportamento? Por que essa é uma curiosidade minha?  Por que sou masoquista? Não, nada disso.

A verdade é que isso de entender o outro, para mim, é tão impossível quanto tentar compreender física quântica e explicar a origem da vida neste nosso Universo. E quanto à pretensão de compreender os homens, bom, não tenho nenhuma. E, assim, tudo fica mais simples, não? Eu gosto deles mesmo sem a tal da compreensão e, por isso mesmo, ela não me faz tanta falta no final das contas. Bem, isso não quer dizer que eu seja uma espécie de mulher resolvida e acima das questões banais desta vida. Não senhoras. Os homens sabem muito bem, alguns num nível profundo e perturbador, o quão capaz eu sou no quesito atormentar o juízo de alguém que veste um par de calças. Afinal, sou mulher. Contudo, e no final das contas, o jeito dos homens me agrada em demasia. Fazer o quê? Gosto de homens e, não há remédio pra isso. Ainda bem!

O fato é que foi o questionamento masculino que me levou a tal pergunta no início da crônica só pra provocar. Sim, porque vira e mexe leio a um ou mais homens em suas crônicas querendo entender as mulheres. Querendo explicar, demonstrar, equacionar o nosso comportamento como se certas características genéticas fossem a razão de todas as razões de cada uma de nós. E sabe: não o são!  Uma mulher brasileira não é mais parecida com um homem brasileiro do que um homem afegão pode ser, por exemplo? Contudo, e ao mesmo tempo, não somos cada um de nós muito diferentes uns dos outros para a felicidade de cada um de nós?

Sei que nada sei, como diria Sócrates, o filósofo. Contudo, creio que há mesmo coisas que não carecem de explicação, e esta é uma delas. Homens e mulheres são como deveriam ser e ponto final. Não há neste mundo coisa mais sábia e benéfica que as tais das diferenças entre as pessoas, pois é justamente nelas que encontramos a graça de viver. Ou seja, o negócio não é tentar entender e padronizar as pessoas, jamais. O bom da vida é simplesmente desfrutar a companhia de alguém que é diferente de você. Sei que já disse isso, mas creio que vale reforçar: Vive La différence!

Um beijo a todos os meus amigos, tão diferentes de mim, e que amo profundamente.

Boa semana.