quarta-feira, 31 de agosto de 2011

125 anos de Tarsila do Amaral

O Abaporu pode ser visto no MALBA (Museu de Arte Latina de Buenos Aires) até hoje. Pintura também é coisa de menina; das fortes, claro!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A Roda


Roda louca que hora se desmonta,
nos engole e nos sacode,
 assim é a vida.
Todo o bem e todo o mal
nela estão contidos,
como o silêncio que se esconde
por detrás dos sons
como a ausência da cor está
em todas as cores.
Gira ela, carrossel,
giramos nós, bêbados piões
a querer controlar o incontrolável
a supor que a vida  pode ser dirigida
por estas nossas mãos.
Mas sempre nos escapa do controle
a ciranda linda que tal

vela
se transforma em luz, calor
e, um dia,
finda.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Braços

 


Onde estão os braços para onde devo correr?
Preciso saber para onde corro
ao sentir medo,
na hora do desejo,
no momento de morrer.
Onde estão estes braços?
Não foram feitos? Rejeitam-me?
Deus se esqueceu de colocá-los em
um corpo cristão?
Onde estão?
Quero os meus braços,
aqueles que foram criados
para com os que tenho
florescer em abraços.
Quero os meus braços
para que possa afinal compreender
para onde devo
correr.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

I-Realidade

Estranhamente, a realidade e o sonho
misturam se,
E não sabemos claro,
depois de anos,
o que foi ou o que imaginamos ser.
Sentimentos soltos,
Mornos,
frouxos
passam pelas nossas mãos,
sentimo-los no coração.
Sem destino, eles morreram antes mesmo de serem distinguidos:
amor,
paixão,
sermão.
Sempre sós mesmo entre muitos,
esperando o futuro
que não chegará.
Ilusão de uma vida que não sabemos se foi realmente vivida:
sonhada,
criada,
imaginada.
Apenas o toque é real,
tudo antes e depois são palavras que serão:
fatalmente esquecidas,
distraídas,
desmentidas,
sem força para serem detidas na carne ou na retina.
Tênues como palavras,
sumimos
assim que some nossa vida:
realidade,
 sonho
de mentira.

domingo, 21 de agosto de 2011

Essa coisa tão minha...


Meu poeta barulhento em grande estilo, com letras que mexem comigo desde o dia que tropecei nas páginas dele. Será que vai chover de Os Dias de Raiva - som pesado e verdadeiro.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Poeta Doce



No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Mário Quintana

terça-feira, 16 de agosto de 2011

De repente o amor é feio e incomoda?



Há muito tempo não assisto a nenhuma novela brasileira porque, além de ter pouco tempo disponível para a televisão, as mesmas têm se mostrado uma ofensa a inteligência daqueles que gostam de uma boa trama. Contudo, parece-me que Insensato Coração, da Rede Globo, presta um grande serviço a nossa sociedade ao discutir e mostrar a realidade de homens e mulheres homossexuais em nosso país. Isso porque muitos homens, de acordo com o que tenho ouvido da boca dos mesmos, têm se sentido “incomodados” e reprovam a “exaltação gay” que mostra a tal novela. Apregoando, ingenuamente (para não levarmos a discussão para um âmbito mais complexo e complicado), que tal exposição pode influenciar seus filhos.

Em tempos onde a “intteligenzia política” desta cidade saiu-se com a grande idéia de criar um Dia do Orgulho Hetero (melhor não comentar e agora é só esperar alguém vir com a grande idéia do Dia do Orgulho Branco), e que pai e filho foram espancados por outros homens no interior de São Paulo porque estavam abraçados e foram, então, confundidos com homossexuais, parece-me mais do que necessário a exposição da questão na mídia e a discussão clara e franca sobre o assunto. Pois, para mim, parece que ainda não conseguimos ensinar a nossos filhos que todo homem ou mulher, independentemente de qualquer fato, opinião, gosto ou fato, deve ser respeitado em sua individualidade e como parte integrante de nossa comunidade.

Parece-me, também, que há quem ainda não tenha entendido que estes tais dias destinados as ditas minorias são necessários apenas enquanto não há igualdade ou há a discriminação de um determinado grupo de pessoas. Ou será que alguém acredita que qualquer pessoa tenha orgulho do fato de necessitar de um dia no ano para que ele grite que é um ser humano com seus direitos e deveres como qualquer outro também? Creio que não, porque para mim este é um claro sinal de que não me pertencem totalmente todos os outros dias do ano, e isso, não aceitarei jamais.

Sei que a violência é fruto da incompreensão, filha do irracional, e que anda de mãos dadas com o medo que temos de nossos próprios medos, contudo, mesmo assim, custa-me entender a seguinte questão: desde quando o amor é feio e incomoda? O que leva alguém a agredir física ou verbalmente outra pessoa por causa dos sentimentos que esta carrega no peito? Felizmente ou infelizmente, não sei bem, ser alvo da violência gratuita não é um problema apenas para os homossexuais, mas para quase todos nós e, para tanto, basta pisar um pouco fora do círculo que demarca o que a sociedade chama de padrão.

Pois bem, precisamos entender, de uma vez por todas, que não existe este tão sonhado padrão e aprender que devemos sim ensinar e mostrar a nossas crianças todas as possibilidades que existem nesta vida que, seja como for, sempre será boa se houver respeito e amor entre as pessoas. Então, que venham muitos programas a mostrar que as diferenças não são um problema, mas sim a fonte para muito aprendizado e crescimento das almas deste planeta. Já disse isso uma ou duas vezes, mas creio que vale repetir: ou compreendemos que este nosso mundo de Deus é de todos ou ele não será de ninguém. E a isso chamamos de inclusão social de todos, não?

Um beijo inesperado (o segundo esta semana) a todos porque ando tagarela, e porque beijo nunca é demais. Um beijo especial para o pai e o filho que sofreram as terríveis agressões em julho passado em São Paulo. Não os conheço, mas também desconheço dor maior para um pai e um filho do que serem agredidos brutalmente ao mesmo tempo e, não poderem defender um dos homens de sua vida. Dor que se sente muito mais na alma do que na carne.

Confundidos com casal gay, pai e filho são agredidos no interior de SP; homem perdeu parte da orelha
A Polícia Civil de São João da Boa Vista (SP) investiga a agressão contra dois homens, pai e filho, que teriam sido confundidos por criminosos com um casal gay. O caso ocorreu no fim de semana, durante uma feira agropecuária da cidade. O homem de 42 anos perdeu boa parte da orelha direita. O rapaz de 18 anos foi encaminhado ao hospital, mas já foi liberado.
Segundo a polícia, os dois estavam abraçados quando integrantes de um grupo de sete jovens perguntaram se eles eram gays. Diante da negativa, o grupo saiu, mas retornou e começou a espancá-los. Os agressores ainda não foram identificados.
A organização da feira informou que vai colaborar com as investigações e que, no momento em que ela ocorreu, pelo menos 150 seguranças e policiais militares patrulhavam o evento.
Fonte: Uol Notícias

domingo, 14 de agosto de 2011

Dia do meu Pai



Meus pais e eu (com a câmera) a conhecer o Mundo


Hoje compreendi claramente porque esta história de reservar um domingo para o dia das mães e dos pais, pois, só assim, não há trabalho, não há agenda, não há compromissos que me afastem de minha missão: preguiça total ao lado do meu pai desde o café da manhã até o jantar, com direito a partida de futebol no meio. Hoje, como no segundo domingo de maio, é dia de estar com aqueles que me criaram tal qual um pintor a um quadro. Eu não existia, eles se amaram e, como prova de que a magia existe, lá estava eu dentro da barriga da minha mãe. Criação divina e ao mesmo tempo daninha que, ao crescer teve, como toda criação, a sina de revoltar-se contra seus criadores e, como se eles não servissem mais para muita coisa, se afastar. É, a missão de toda criação e ganhar o mundo e este fato, apesar de certo, deve doer demais para os criadores que a realizaram com carinho, desejo e amor.
Para meu pai e eu não foi diferente, que isso de ser pai de menina deve dar mesmo um nó na cabeça de qualquer sujeito que tenha coração. Então, durante muito tempo, nossa relação era: ele querendo sempre me controlar, me prender, eu querendo sempre conhecer o mundo a achar, de repente, que todos os outros homens na face da Terra eram mais interessantes do que ele. Cumprimos, como manda o figurino, os papéis de pai e filha e, por isso mesmo, sempre houve muito amor e muitas brigas também, sempre houve o cuidado estremo de meu pai para que nada de mau acontecesse comigo a bater de frente com o meu desejo de experimentar e conhecer tudo o que a vida tem a oferecer. Houve gritos, e muitos nãos, houve o silêncio de meses sem nos falarmos depois de uma discussão, houve a tristeza que eu não vi, mas que deve ter sido dura, no dia que tomei um avião para ficar anos e anos longe daqui.
Agora, com a adolescência a anos luz de distância de nossa relação, já não há mais lugar para as brigas e os problemas. Por estes dias, começo a me preocupar com a saúde de meus pais, em como irei dar a eles a atenção e o amparo que necessitarão num futuro não tão distante assim, e no dia que terei que vê-los partir para um céu onde não há aviões. E então, ressente-se a criatura independente por todo e qualquer tempo perdido, por ser uma filha que vive sua vida, ainda hoje, sem pedir ou seguir os conselhos de ninguém, nem mesmo daqueles que me querem bem para muito além do bem querer.
Contudo, mesmo sendo uma filha meio desnaturada, sei claramente da admiração que tenho pelo meu pai e queria usar este dia para declarar-la aqui. Devo a meu pai o saber que me mostra o que é certo e a importância de ser uma pessoa verdadeira e honesta. Que ser justo e bom é nossa obrigação e que um homem se admira pelos seus atos e pensamentos, e não pelo que ele tenha ou por sua aparência. Admiro meu pai por sua dedicação a família a quem ele, sem sombra de dúvida alguma, devotou sua vida inteira. Meu pai, mesmo sendo um homem meio calado, sisudo e bravo, jamais cometeu o maior dos pecados para com seus filhos: ele nunca foi um pai ausente. Amo meu pai, não apenas porque é inerente a toda filha, mas porque o Sr. Jesus, meu pai, é definitivamente um homem para se amar e admirar.
Como sei que o amor se demonstra por atos, que as palavras são leves demais e vão-se com a brisa impreterivelmente, vira e mexe, estamos todos nós juntos por aí a ver o que a vida ainda tem a nos oferecer. Passeios em tardes juntos, concertos de MPB, partidas de futebol, caminhadas no parque e, quase todos os domingos nos almoços em família fazem parte da minha vida com meus pais. Horas em que eu sou apenas filha e posso, como toda menina que foi docemente estragada por seus pais, fazer manha e ganhar abraços, beijos e colo. E como menina ingênua, finjo crer que isso será assim a vida toda.
Bom dia dos pais a todos e um especial para o meu pai, a quem chamo de papito e amo para além da minha vida.
Um beijo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

o não e o medo


1
Teu medo te afasta do incerto,
o novo e desconhecido
congela-te.
Fora de teus domínios
há um horizonte grande demais,
 e queres o conhecido,
amas ao caseiro e
te sentes bem entre os iguais
grãos do mesmo saco.
Eu, que sou dos de fora,
 Bem à margem,
mereço apenas a tua pena interesseira.
Não sou homem ou mulher,
sou um ser, curiosidade,
um acontecimento diferente
inferior e não inteligente
que merece teu dó,
mas nunca respostas.
Sou uma atração de circo sorridente.

2
Passaram horas, dias e meses
Passarão meses, anos e a vida
E teremos perdido tudo:
as dúvidas e as certezas
a paixão e o caminho
a possibilidade de talvez.
Restará sólido e grandioso
o Nada que houve entre nós.
3
O não saber deste bem querer
Deve querer dizer ao meu saber
Dizer o quê? Não sei.
Dizer que nada sei
Nem mal, nem bem
Do que quer dizer te querer bem.

Otto

O Leite
Otto
O leite derramado sobre a natureza morta
Me choca, me choca
Me choca, me choca
Quando eu perdi você, ganhei a aposta
Não força, não força, não força
Não força
Quando eu saí da tua vida
Bati a porta
Saí morrendo de medo do desejo
Do desejo de ficar
Saí morrendo de medo do desejo
Do desejo de ficar
Num dia assim calado você me mostrou a vida
E agora vem dizer pra mim que é despedida
Num dia assim calado você me mostrou a vida
E agora vem dizer pra mim que é despedida

terça-feira, 9 de agosto de 2011

An animation short film

Really worth watching...

O Tempo...

 


Sem darmos conta muito clara do fato, quase como de assalto, percebemos que envelhecemos quando de nós se aproximam as quatro dezenas, os muito mal vistos 40 anos. Número que incomoda como o treze para os supersticiosos, os quarenta nos afiguram como algo difícil de engolir, seja lá quem for o dono de tantas dezenas, e enxergar alguma vantagem em ter-los nos parece impossível. Pois, muito claramente nos afiguram novos problemas: dores, rugas, certa barriga. Chegam aos bandos os cabelos brancos ou, cruelmente, eles já não são tão abundantes como dantes foram, e a gravidade torna-se nossa inimiga. Ou seja, uma total mazela da figura humana se afigura como uma previsão sombria e definitiva.
Pois, pois, quando olhamos assim, sem muita atenção, parece-nos mesmo que nenhuma vantagem há em chegar a esta idade onde não sabemos muito bem quem somos. Achega-se a dúvida de estarmos no caminho certo, de termos ou não feito o que devíamos com nossas vidas. Dá-nos, então, a vontade louca de sair pelo mundo a ver tudo aquilo que ainda não vimos, de correr atrás do tal do tempo que, a esta altura, nos parece perdido. Uma vontade louca de aproveitar os anos que agora já nos afiguram como algo finito. Eu sei.
Contudo, nestes tempos que ando a passear como quem não quer nada pelas bordas dos 40 anos, a fingir que tal assunto não é comigo, vejo que há muito que apreciar nesta maturidade confortável e bem vivida. Sei, sei quando ouvimos termos como: maduro ou conservado, nos sentimos como frutas ou pepinos. E eu lá tenho cara de picles por acaso? Não senhor. Não tenho não! E o segredo, além dos esportes, da boa alimentação e de noites boas de sono, está em saber que aquilo que devemos conservar jovem, mesmo, é a alma que nos habita. Afinal o tempo só acrescenta mais conteúdo, mais vida a esta nossa essência e, a tal da alma contém tudo, menos rugas e fadiga.
Assim, à beira desta idade abismal, sinto-me muito melhor do que me sentia quando mal passara dos vinte anos e, isto me agrada em demasia. Agora, percebo que não há mais o medo, a vergonha, o pudor e muitos dos meus preconceitos e, por isso, aproveito muito mais todo e cada momento. O riso está mais solto, os olhos mais abertos, as mãos mais curiosas e, a mente e o espírito mais receptivos a tudo que vier. Sei que o juízo ficou meio perdido, mas isso de aparências, regras tolas e barreiras, definitivamente, não são mais comigo. Quero viver, sentir e aprender. Deixar minha alma desgovernada me guiar.
Então, a todos aqueles que estão meio deprimidos com isso de a idade chegar, lembrem-se que todos nós nos sentimos assim. Afinal, isso é normal... Normal é, mas é também uma tremenda bobagem. Pois, com a idade vem a liberdade e, como ela, não há nada igual. Aproveitem para rir, chorar, ter todo o prazer, sofrer e amar. De que vale ter um coração se não for para usá-lo se sabemos que, de um jeito ou de outro, um dia ele irá parar?
Uma boa semana para todos: muitos beijos, saudades e desejos.

Volver A Los 17

Mercedes Sosa

Composição: Violeta Parra
Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Mi paso retrocedido cuando el de usted es avance
El arca de las alianzas ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

El amor es torbellino de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

De par en par la ventana se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Al son de su bella diana hizo brotar el jazmín
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Inverno


Nada ouço além de um músculo dentro do peito
Não há canções, não há paixões nem sofrimento verdadeiro
Fiz-me mente e realidade
Alma trancada, perdida a chave
Há beijos sem amor, há os filhos que não tenho
Sempre agarrados aos meus cabelos.
Lágrimas solitárias e preguiçosas
Silenciosamente chegam sem que as vejam
Talvez eu seja como todos, e queira exatamente o que
Não tenho, por capricho
Fazendo de conta que não fui eu que escolhi meu caminho.
Fiz-me forte, fiz-me ilha
Que vê os barcos passarem ao longe
E o sol se pôr a milhas
Escondo-me atrás de mim
Fingindo sempre acreditar no que digo a toda gente:
Sou assim

Arte em Movimento

O Grupo Corpo - Sem Mim - 2011 ( paixão de bailarina )

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Apaixonada


Para um dia frio
Sinto muito frio, o inverno acaba comigo
por isso preciso você aqui a me dar abrigo.
Não é nada complicado ou delicado
não é preciso muito, calor, cor e teu sabor.
Prometo me comportar, controlar
e como gata preguiçosa não te arranhar.
Beija meu umbigo pra acalmar as formigas
que passeiam pela minha barriga,
e prometo ser bem boazinha
a acreditar em tudo que você me diga.
Não te peço muito e quase nada exijo,
quero apenas as tuas pernas para as minhas enroscar
e poderemos dançar sem sair do lugar,
suar, sobre a linha do Equador flutuar.
Prometo me deixar levar,
e ser tua companhia quando precisar.
Abraça-me como se fosse para sempre
e não serei indiferente ao que você sente e,
mesmo quando se mostrar o mais indecente,
prometo fazer tudo o que imaginar.
te amar.
A Lagarta
Vou acabar rouca de tanto te cantar
e queria ser sereia para poder te encantar.
Mas que nada, sou alma pobre e perdida,
enamorada e sem saída. Julieta sem Romeu, erro meu.
Queria ser rainha para exigir que você obedecesse
a todos os desejos meus.
Mas que nada, sou escrava que de joelhos
obedece aos caprichos teus. Carnaval sem samba, sambo eu.
Vou acabar exausta de tanto correr atrás de você
e queria ser atleta de Maratona para poder te alcançar,
mas que nada, sou lagarta que se arrasta.
Pobre mujer Hipnotizada por tu mirada.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Grupo Corpo

Paixão desde que eu era uma menina bailarina...

2010... Música de Ernesto Lecuona e  O Grupo Corpo

No se necesita plata...

Baile de Los Pobres

Calle 13

Intro:
No bailes de lejitos que no estoy pa' limosna
No tengo mucha plata pero tengo cobre
Aquí se baila como bailan los pobres
messie ..aquí llego tu robin hood
a meter las bolas en los boquetes como Tiger Woods
tu eres clase alta … yo clase baja
tu vistes de ceda y yo de paja
nos complementamos como novios
tu tomas agua destilada y yo agua con microbios
tu la vives fácil y yo me fajo
tu sudas perfume yo sudo trabajo
tu tienes chofer, yo camino a patas
tu comes filete y yo carne de lata
nuestro parecido es microscópico
pero es que por ti me derrito como gringo en el trópico
pégate a mi que no te contaminas
y con un besito vamos a pegarnos la porcina

Coro
no se necesita plata pa mover-se necesita onda
y música cachonda.
No bailes de lejitos que no estoy pa' limosna
No tengo mucha plata pero tengo cobre
Aquí se baila como bailan los pobres
Se baila sin mantel sin cubiertos, sin bandeja
Con ganas de comerse a la pareja
Se baila pegao como bachata Sin traje y sin corbata
Embriagando las neuronas con vodka barata
Blancas amarillas o mulatas
se baila con cualquier bombón que suelte la piñata
lo bueno de ser pobre al final de la jornada
es que nadie nos roba…por que no tenemos nada!
apretaditos como en una lata de sardinas
agarrando 1 por que esta incluida la propina
dicen que eres la reina de todos los rosales
pero hoy te voy a bajar cuatro clases sociales
calientita como pan de panadero
barriendo el piso con el trasero
toda la grasa se desplaza por la terraza
quiero que hagas lo que no puedes hacer en tu casa

Coro
Tu me tienes por el aire volando
Como , como,Como si estuviera bajo el agua ..flotando