quarta-feira, 30 de maio de 2018

ALFAZEMA (pra te proteger)




O casal que chora na beira da praia
Ele disse "agora", ela disse "seu tempo acabou"
Diacho, eu não te acho! Entro na roda, eu fico louco
Danço um coco furioso até o dia acabar
Amoleceu meu coração
Acende o fogo, estende a mão
O que você tem que me acorda e tira o sono
Vira fome e vira som
Vou a fundo, vira mundo
Espero um dia voltar

Alfazema (Alfazema)
Alfazema (Alfazema)
Alfazema (Alfazema)
Proteção

O veneno vencendo e a alma tremendo
Pra ver o temporal que tava pra acontecer
Despacho, arrego, simulacro
Nunca engana o seu sufoco
Benzer, calçar, blindar é pouco
Quando for assim, é pra lacrar
Amorteceu meu coração
Que, já em brasa, acende o chão
Só esse cheiro dá o tom
Mata essa fome, aumenta o som
No vácuo do teu passo em falso
Pulo cedo e voo alto
Desse perfume vou no rastro
Lavanda é quem vai mandar

Alfazema (Alfazema)
Alfazema (Alfazema)
Alfazema (Alfazema)
Proteção
Proteção

Eu vou pedir pro cupido acertar seu gosto (Alfazema)
Já mandei perfumar seu vestido todo (Alfazema)
Vou pedir pro bandido esquecer sua bolsa (Alfazema)
Vou mandar, vou benzer o seu corpo todo (Proteção)

Alfazema (Alfazema)
Alfazema (Alfazema)
Alfazema (Alfazema)
Proteção (Alfazema)

Vou mandar, vou benzer
Eu vou mandar pra benzer
Eu vou pedir para benzer
Eu vou mandar pra benzer

Baiana System e Nação Zumbi

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domingo, 27 de maio de 2018

Sem sair do lugar



Sem sair do lugar

Poderíamos dizer que inesperadamente o Brasil parou. Que ninguém esperava por uma greve de caminhoneiros que congestionasse o nosso mundo à esta altura do campeonato, aos 40 minutos do segundo tempo de nosso governo inepto e corrupto. Porque nós, a maioria dos brasileiros, esperávamos uma despedida lenta, melancólica e sem grandes sustos do Sr. Presidente da República Michel Temer, a.k.a Darth Sidious, e seus comparsas.

Eleições para outubro deste ano com um bando de candidatos que não têm muito a dizer para além da retórica populista e barata, nós com uma esperança desmilinguida de que, apesar de todos os pesares, a economia e a vida melhore no futuro. Ou seja, estávamos a levar a nossa vidinha de gente pacata e com preguiça para o embate.

Entretanto, quem nasceu para alcoviteiro jamais se mostrará alguém que toma a frente em casos de necessidade porque essa não é sua natureza. E assim, este governo que nasceu do conluio e seu representante, o seu Michel, tem se mostrado, há quase 02 anos, de uma incompetência atroz para gerir toda e qualquer situação importante e mais delicada. Vale aqui um parêntesis: (Não, não estávamos melhor antes e muito provavelmente não o estaríamos com a Sra. Dilma no comando. Não 2, o Senhor Lula não é a resposta para as nossas questões.)

Somando-se a esta falta de habilidade de nosso “mandatário-mor” para o trabalho, temos visto uma escalada ridícula dos impostos e taxas que, à la Robin Hood às avessas, tem tirado o dinheiro da população para dar ao rico, inchado e custoso Estado Brasileiro de maneira pornográfica. Ser brasileiro tem nos custado muito, muito mais do que aguentamos.

Importando-se apenas com seu umbigo, como de costume, a verdade é que o Palácio do Planalto não deu ouvidos ao zum-zum-zum que vinha há tempos dos caminhoneiros autônomos e das empresas de transporte; como não se importa com quase toda a reclamação do povo em geral. Porém, quem pode, pode.  E os caminhoneiros cruzaram seus braços, fecharam nossas estradas, e estamos todos nós sem sair do lugar. Nosso mundo parou e o sacode pelo qual estamos a passar nesse momento mostra que vivemos numa terra de ninguém; sem uma liderança respeitada e sem respeito por todo e qualquer cidadão.

Não temos gasolina, atrasam-se voos, começam a faltar remédios e alimentos, e aqui em São Paulo buscamos um Posto de gasolina que esteja funcionando como se estivéssemos em busca do Santo Graal; a paz e a felicidade são um tanque cheio de combustível. Estamos parados e, me parece agora, a um passo de um país que poderia ser o cenário de um romance de José Saramago.

domingo, 20 de maio de 2018

O Novo




O Novo


Rápido muda o mundo que gira em torno de

si e chega ao futuro sem sair do lugar.

Ele muda e mudo eu porque a vida segue sempre em frente e

porque assim eu quero;

assim eu quis.

Com minhas pernas poucas caminho em frente,

passos seguros apesar de todas as dúvidas que correm soltas

pela sala de estar

a sussurrar. E agora?

Agora é começar tudo novo de novo,

recomeçar e ver o mundo velho de olhos novos,

coloridos

pela paisagem  com cheiro de tinta fresca

que invade a minha janela.

Por ela vejo tudo que conheço há tanto tempo

feito notícias de última hora.

Novidades sonoras

que me guiam uma outra vez pelas ruas

da minha cidade,

velha conhecida de cara nova

de novo.