domingo, 27 de maio de 2018

Sem sair do lugar



Sem sair do lugar

Poderíamos dizer que inesperadamente o Brasil parou. Que ninguém esperava por uma greve de caminhoneiros que congestionasse o nosso mundo à esta altura do campeonato, aos 40 minutos do segundo tempo de nosso governo inepto e corrupto. Porque nós, a maioria dos brasileiros, esperávamos uma despedida lenta, melancólica e sem grandes sustos do Sr. Presidente da República Michel Temer, a.k.a Darth Sidious, e seus comparsas.

Eleições para outubro deste ano com um bando de candidatos que não têm muito a dizer para além da retórica populista e barata, nós com uma esperança desmilinguida de que, apesar de todos os pesares, a economia e a vida melhore no futuro. Ou seja, estávamos a levar a nossa vidinha de gente pacata e com preguiça para o embate.

Entretanto, quem nasceu para alcoviteiro jamais se mostrará alguém que toma a frente em casos de necessidade porque essa não é sua natureza. E assim, este governo que nasceu do conluio e seu representante, o seu Michel, tem se mostrado, há quase 02 anos, de uma incompetência atroz para gerir toda e qualquer situação importante e mais delicada. Vale aqui um parêntesis: (Não, não estávamos melhor antes e muito provavelmente não o estaríamos com a Sra. Dilma no comando. Não 2, o Senhor Lula não é a resposta para as nossas questões.)

Somando-se a esta falta de habilidade de nosso “mandatário-mor” para o trabalho, temos visto uma escalada ridícula dos impostos e taxas que, à la Robin Hood às avessas, tem tirado o dinheiro da população para dar ao rico, inchado e custoso Estado Brasileiro de maneira pornográfica. Ser brasileiro tem nos custado muito, muito mais do que aguentamos.

Importando-se apenas com seu umbigo, como de costume, a verdade é que o Palácio do Planalto não deu ouvidos ao zum-zum-zum que vinha há tempos dos caminhoneiros autônomos e das empresas de transporte; como não se importa com quase toda a reclamação do povo em geral. Porém, quem pode, pode.  E os caminhoneiros cruzaram seus braços, fecharam nossas estradas, e estamos todos nós sem sair do lugar. Nosso mundo parou e o sacode pelo qual estamos a passar nesse momento mostra que vivemos numa terra de ninguém; sem uma liderança respeitada e sem respeito por todo e qualquer cidadão.

Não temos gasolina, atrasam-se voos, começam a faltar remédios e alimentos, e aqui em São Paulo buscamos um Posto de gasolina que esteja funcionando como se estivéssemos em busca do Santo Graal; a paz e a felicidade são um tanque cheio de combustível. Estamos parados e, me parece agora, a um passo de um país que poderia ser o cenário de um romance de José Saramago.

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