domingo, 8 de maio de 2011

A música em nossas vidas



Desde o dia de uma conversa com um amigo no carro e a caminho do cinema, tenho pensado muito na importância da música em minha vida. Na vida de todos nós. No tal papinho furado, comentei que comecei a estudar Espanhol só porque queria compreender músicas/canções neste idioma, minha paixão então, e que agora sinto o Francês a bater em minha porta pela mesma razão. Pronto, quero entender o que se canta em francês e lá virão anos de curiosidade e estudos, e a verdade é que não vejo a hora do próximo semestre chegar para eu encaixar o  tal Francês, e toda a música que virá com ele, em minha agenda.
Contudo, foi pensando nesta nova vontade que me lembrei como num flashback de Tarantino: eu, por volta de 7 ou 9 anos, louca para entender o que era cantado em Inglês no banco de trás do carro do meu pai. Ali, no Wolksvagem e através do rádio, nasceu minha paixão pelos idiomas pela mão de uma paixão anterior, a música. Não me lembrava mais disso e, sabe, me assustei um pouco ao ver que todo o meu destino, quem sou e o que faço hoje foi decidido sem querer assim: pela paixão de uma menina pelas canções que ela queria entender.

É bem verdade que, se a música foi a porta de entrada para as letras em minha vida, os livros e uma certa tagarelice natural me deram os empurrões necessários para que a curiosidade de menina se torna-se  profissão e paixão de mulher. Trabalhar com idiomas e com pessoas, conhecê-los e entendê-los me traz muito mais do que certo conforto financeiro, eles são a razão da minha vida. Amo palavras e pessoas intensamente e não consigo me ver sem elas.
Agora, voltando à música, alguém pode imaginar a vida sem ela? Sei que não. Sem a música nossa vida seria muito mais triste e sem graça, como se o mundo perdesse um pouco as cores que nele podemos ver. A música reúne os amigos, nos faz chorar no cinema, torna o transito da cidade suportável e, é a desculpa para milhões de beijos. Cantamos para fazer nossos filhos ninar, cantamos com amigos e um violão por noites a fio, e com a família em toda e qualquer celebração: há canções para o Natal, para Páscoa, Aniversários, Carnaval e até para celebrar nascimentos, mortes e casamentos.
Não creio que haja uma expressão artística que represente melhor a alma humana, somos seres musicais por natureza e, por isso mesmo, esta arte é tão ampla e democrática em sua forma, conteúdo, significado e execução. O que é fantástico para uns pode ser classificado como lixo, tédio, barulho ou ridículo por outros, há canções eternas e aquelas que duram apenas uma estação, há a música feita para ouvir com toda a atenção e aquela que foi feita sob medida para sairmos do chão. Há rock, rap, blues, jazz, música clássica, o samba, música eletrônica, o pop, marchinhas de carnaval, funk, maracatu e etc. e tal, ou seja, não importa. A música, desde os tempos que batíamos tambor, será sempre a expressão de quem somos nós, a maneira mais bonita e natural que encontramos para dizer o que se passa em nossa mente e coração.
Eu, que não concebo minha vida sem música e que passei minha adolescência a dançar, fiz amigos, me apaixonei e me diverti muito por conta dela. É, fui bailarina e isso é algo que nunca se esquece, mas é, também, um assunto para outro dia. Hoje me sentei para falar de música, arte maior à qual devo as grandes paixões de minha vida. Espero que ela embale a vida de todos também.

Beijo para todos e boa semana.

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