quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Meu bem querer



Meu bem querer

Tu estás a sumir...
Borrado
Apagado
Calado
Há muito tempo finjo não ver tudo isso,
nada disso, e arrasto minhas lembranças para não me perder de ti;
para não te perder de mim.
Tu irás
e a vida tornar-se-á tranquila demais; real demais
sem os assombros e as dores que arrancam-me a alma pela garganta
todos os dias.
Sem ti não haverá dor ou paixão e acalmar-se-á a loucura que é minha,
que é quem sou eu.
A boa e tranquila vida chegará,
Caminharei
Respirarei
Dormirei bem como nos tempos dos quais nem me lembro mais
e terei por mim e por ti o desprezo que se tem
pela covardia
dos que não souberam mais do que
querer.


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