quarta-feira, 14 de março de 2012

desobediente


Espero pela tua desobediência de homem

que não se deixa mandar. Que desconhece

o significado da palavra ordem,

e caminha pela rua como se não pertencesse

a ninguém. Sem vergonha alguma,

de toda forma e jeito que a palavra pode ter,

passa de olhos verdes e me provoca,

e me enamoro; quero me perder. Quero a minha desgraça!

Desobedeça-me. Seja todo o bem e o mal

que permeia a minha alma

e que a alimenta ao mesmo tempo

que, sorrateiro e egoísta, a devora.

O que me importa a felicidade calma e morna,

que serventia tem a sanidade tediosa?

Nehuma. Quero a minha loucura

que é minha e tua, e de tanta insanidade fez-se nossa.

Quero este querer que sufoca, transforma,

 transtorna,

e que me faz crer na beleza da total ausência

da razão e da lógica.

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