terça-feira, 8 de maio de 2012

Sorriso de Buda




Um dia, tal anjo ou visagem, passou por mim,
de repente,
o sorriso mais perfeito que já cruzara a minha frente.
Não que os dentes sejam os mais brancos
ou que seja a boca completa e cientificamente simétrica.
Não. Pois na alma, e não na carne, reside a sua perfeição.
E para estes olhos que me foram dados,
ele parece ter sido feito por um Deus,
sábio e zombeteiro,
que se ri de toda audácia de minha mente
que julgava-se independente.
Ah, e o tal sorriso...
O tal sorriso, até meio torto afinal,
chega-me tão doce e quente, tão afetuoso e alegre
que me enche os olhos e o peito de um calor
desconhecido até aquele dia fatídico.
O dia no qual se postou à minha frente
o homem de covinhas definidas e insistentes
que roubou-me o sossego
com seu sorriso de Buda,
definitivamente.



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