sábado, 2 de novembro de 2013

As borboletas


Não importa o que eu esteja fazendo no momento,
paro sempre, naquele momento, que me passa pela frente
ou de soslaio
uma borboleta.
Invejo-a, a voar feito bailarina
dando pequenos saltos em
pleno ar
com suas asas magnificas e frágeis.
Feito inseto enamorado pela luz, paro,
mudo meu rumo e a sigo em busca de algo que não sei bem;
o desconhecido. Aquilo que tanto almejo.
Mas a borboleta nem chega a notar-me, e vai-se.
Duvido muito que borboletas tenham desejado,
sequer por um micro segundo que seja na vida, ser gente.
Não creio.
As borboletas, assim como os pássaros,
as flores, o vento e tantas outras coisas,
sabem muito bem a razão de seu viver
e não perdem tempo com
estas besteiras
de gente.
Invejo as felizes borboletas.

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