quinta-feira, 2 de abril de 2015

ContraTempo

Ando,
caminho de passo apressado e sem destino.

Passo a passo,

Repasso,

Ultrapasso.

Corro por uma estrada sem fim com pressa de chegar num futuro qualquer
completamente indiferente.
Levo no bolso o passado perdido e as lembranças de tudo aquilo que nunca chegou a ocorrer.
Saudades...
Minhas saudades.
Apressada, caminho correndo do tempo,
ao mesmo tempo,
que corro em direção aos teus braços, meu tempo. A tentar agarrá-lo, perco-me.
Fora do passo, do meu compasso, caminho
contra o fluxo natural da vida de coração costurado,
reestruturado,
a bater ao contrário. Frio.
No contratempo, bailo, contra o meu próprio tempo de pés trançados.
E fora de ritmo caminho com pés calados,
fingindo, feito o poeta, não sentir aquilo que deveras sinto.
Ando.



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