quarta-feira, 10 de junho de 2015

Começo, Meio e Fim. Sempre.



Tudo nesta vida tem começo, meio e fim sempre; sempre mesmo. A própria vida o tem, pois que esta consciência presente de quem somos agora, a nossa identidade atual com direito a foto em documento e etc e tal, (cá em Terras Brasilis chamado de RG), um dia deixará de existir. Seremos outra coisa, algo que até chegamos a imaginar e que, dependendo da crença ou da imaginação, varia entre o nada absoluto e uma noção lírica de uma alma eterna que, às vezes, dá-nos direito a asas, auréolas e tudo mais. Contudo, seja lá o que nos espera depois desta vida, o fato é que esta vida já não será mais.

Entretanto, apesar da plena consciência da efemeridade de nossa existência, a verdade é que vivemos a ignorar que a morte é um fato tão seguro quanto, quiçá, próximo. Então, céticos seres com super poderes, nós ignoramos o verdadeiro valor do que importa porque cremos que tudo e todos estarão sempre ao alcance de nossas mãos porque temos e teremos sempre mais tempo; milhares de dias, vários e vários anos, um par de décadas para resolver qualquer questão, não? Sem o sermos, cremos sermos eternos e termos como garantido tudo o que hoje chamamos de nosso.

Pois, infeliz ou felizmente, as coisas não são assim.  Mais cedo ou mais tarde, por vezes cedo demais, perderemos tudo o que cremos nos pertencer: nossa casa, nossos discos, os livros que carregamos pela vida, a coleção de relógios ou sapatos, o gato, o cão, os amigos, a família; nossos filhos. E, neste momento, de nada, nada mesmo, adiantará chorar. Podemos chorar oceanos pelo tal leite derramado, por não termos feito as coisas de outra forma, por não termos sido mais compreensivos ou mais corajosos, por não termos sido mais sinceros ou por não termos tentado com mais força mudar. Podemos secar de tanto chorar, contudo, depois do fim nada nos restará e o tempo nunca, jamais mesmo, volta atrás.

Por isso tudo e porque me deparei hoje com algo dito por Bertolt Brecht – “Temam menos a morte e mais a vida insuficiente” -, e que muito me agrada, achei que valia a pena escrever para me lembrar e para vos lembrar do que é importante nesta vida tão delicada que nos foi dada. Importante é: estarmos com as pessoas que amamos e darmos a estes amores o devido valor.(Bora lembrar que o tal amor não é tão fácil de ser encontrado como parece e vale muito, muito mesmo?). São os beijos, os abraços, os carinhos e todas as risadas que damos com quem nos acompanha neste caminho. Fundamental é: fazermos o que gostamos e o que nos faz felizes nesta vida, aquilo que nos dá prazer. É estarmos perto da família e dos amigos, é brincarmos com nossos meninos toda santa semana. É aproveitarmos a vida, é vermos o Mundo, é aprendermos com as outras pessoas e com tudo o que os cinco sentidos podem captar.


Beijos encantados aos meus queridos. 




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