domingo, 22 de julho de 2018

Miguel





Miguel

Miguel ainda não tem fotos e, sendo assim, desconheço a beleza que com ele nascerá. Sim, com toda criança nasce uma beleza apenas sua, desenhada pela alegria que ela traz consigo para esse mundo que, sem crianças, seria menos divertido e bonito. Bom, não sei quanto às outras pessoas, mas, para mim, um mundo sem crianças é um mundo inconcebível. Meu mundo é muito melhor, mais colorido e cheio de amor porque as minhas crianças existem. E isso, essa felicidade ilimitada e instantânea não necessita de muito; ela é bem simples. Meus sobrinhos e afilhados me deixam mais feliz sem necessidade de grandes feitos, apenas porque eles existem.

Pois apenas a existência deles pôde trazer para essa minha vida enchentes de abraços e uma infinidade de beijinhos. Com eles veio a risada sem motivo e sem parada, brincadeiras diárias e muito desenho animado. Através deles cresci, aprendi o que é ser um adulto e o que é, verdadeiramente, amar a alguém muito mais do a si mesmo. Meus miúdos são como sorvete de goiaba numa tarde quente de verão: aquilo que eu preciso para ser feliz.

Miguel é o mais novo miúdo do pedaço e, a bem da verdade, ele ainda não está aqui ao nosso lado. Por enquanto navega na barriga da mamãe a crescer para logo mais, antes do ano chegar ao fim, vir a este mundo complicado e um tanto confuso. Por enquanto Miga apenas existe, tranquilo, e não vejo a hora de vê-lo por aqui. Vou amá-lo, já o amo, como amo a todos os meus miúdos: a cada um deles de maneira diferente de acordo com a personalidade e a individualidade de cada um, e, ainda assim, com a mesma enlouquecedora e infinita intensidade.

Menino, espero que gostes do teu nome: Miguel. É nome bonito aos meus ouvidos e, por isso, com muita honra o escolhi. Terás nome de anjo, e o nome de um dos homens mais queridos que eu conheci; meu tio-avô Miguel. Já espero por ti, Miguelito! Ya te quiero mucho, mi cariño.

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