quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Love Amor Amour




Para Mima

Mima, você faz-me muita falta; toda a falta de uma vida. Falta que em dezembro se aconchega dentro do peito e aperta mais. Abraço de tamanduá. Sabe Mima, sempre soube que um dia você não estaria mais aqui, contudo, nunca percebi o tamanho imenso da falta que faria. Estas saudades que por cá moram há alguns anos são colossais e causam em mim reações adversas: choro mais do que antes, feito criança, e ao mesmo tempo, sinto-me tão mais velha depois que você se foi. Sinto que tenho que ocupar, um pouco, o espaço que era seu e, sendo assim, deixei de ser uma menina.

A única coisa boa de tudo isso é que você não está aqui para ver as mazelas às quais somos capazes. Ser humano é bicho muito difícil de entender; e perdoar às vezes. E a verdade e que com o passar dos anos fica mais complicado e pesado ver a capacidade para o mal que persiste em nós. Não entendo, não consigo entender. Então, sinto um conforto danado toda santa vez que penso, “ainda bem que a Mima não está aqui para ver isso”. Não te quero triste.

Bom, também não quero tagarelar demais. Eu só queria dizer que sinto tantas saudades de ti como sempre e pedir desculpas por eu ter andado tão calada. Ando preguiçosa e pensativa; só isso. Porém, te amo desde sempre e para sempre; profundamente.

Mima, por inúmeros motivos, quando vi este filme achei-o a sua cara: alegre, colorido e cheio de carinho. Lembrei de você e de tudo que passamos; do quanto te amo e do quanto você me ama também. Então, ele é seu presente de Natal. Feliz Natal, mãe. Fica com Deus, mas se der, pode dar um pulinho por cá. Será bem-vinda.

À Mima.

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