segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mário Quintana


O confidente sumido

Quando um amigo morre, uma coisa não lhe perdoamos: como nos deixou assim sem mais nem menos, assim no ar, em meio de algo que lhe queríamos dizer ou - pior ainda - em meio do silêncio a dois no bar costumeiro? Que outros hábitos, que outras relações terá ele arranjado? Que novas aventuras ou desventuras de que não nos conta nada?

A nós, que sempre fomos tão bons confidentes…

Que podemos fazer?

Mas, na verdade, os vivos e os mortos sempre tivemos uma coisa em comum: não acreditamos muito uns nos outros…

Mário Quintana

Nenhum comentário:

Postar um comentário