O Rio
O silêncio solene e perene serpenteia
pela página branca
arrastando sua cauda para todo o sempre.
Rio de poeira de cor cobre e pedras coloridas arredondadas
pelo tempo...
Brancas
Pretas
Cinzas.
Pés enterrados na terra rachada e dura, mente nas nuvens
finas e estáticas.
Sento-me à beira do rio com sede e de olhos cerrados a
esperar
pelas águas que jamais 
virão;
eu sei.
E apesar disso sinto nos ossos a presença das águas, 
o olfato as pressente no ar de outros mundos 
e alma desnuda
no barro seco
mergulha.

Nenhum comentário:
Postar um comentário