segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O Rio



O Rio


O silêncio solene e perene serpenteia

pela página branca

arrastando sua cauda para todo o sempre.

Rio de poeira de cor cobre e pedras coloridas arredondadas pelo tempo...

Brancas

Pretas

Cinzas.

Pés enterrados na terra rachada e dura, mente nas nuvens finas e estáticas.

Sento-me à beira do rio com sede e de olhos cerrados a esperar

pelas águas que jamais  virão;

eu sei.

E apesar disso sinto nos ossos a presença das águas,

o olfato as pressente no ar de outros mundos

e alma desnuda

no barro seco

mergulha.


Nenhum comentário:

Postar um comentário