segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Atemporal





Atemporal

Já quis prender o tempo entre os dedos para ele passar bem devagar, já quis que ele avançasse mais veloz que a luz para que o futuro chegasse. Há dois anos desejo que ele volte um pouco, uns quatro anos pelo menos, para eu poder reviver meses e dias que me dão muita saudade. Queria poder ter feito as coisas de maneira melhor. Queria que a vida fosse como eu imagino que ela devesse ser, e ser um ser “super”, cheio de poderes, para poder mandar no tempo. Apenas gosto que as coisas sejam como eu quero que elas sejam. É pedir demais? (Risos...)

Sim, sou um tanto ansiosa e um bocado mandona; sei bem. Minha mãe dizia que eu sou ranzinza. E sim 2, tenho o meu bocado de mau humor a correr pelas veias. Bem, o tempo não volta e, apesar de todos os erros, tentei verdadeiramente fazer sempre o melhor com o tempo que tive. Se não o fiz foi porque não sabia como fazê-lo então por falta de conhecimento, de amadurecimento, de um tanto de coragem vez ou outra. Errei. Todos nós erramos e não há o que fazer. Pois... Deveríamos ter um tempo para os ensaios na vida também, não? Seria bom; seria muito bom.

Bom, amanhã minha mãe faria 76 anos se ainda estivesse por aqui. Para mim ela faz 76 anos amanhã; e hoje, como há um ano, sentei-me para escrever porque me lembrei dela. Porque me lembrei dela com mais saudades do que as costumeiras. Pois2... Já vivi o bastante para carregar comigo, de braço dado, um par de saudades cheias de dengos de gentes que, por um ou outro motivo, não estão perto de mim.  Fico assim-assim, um tanto melancólica, nestes dias de saudades porque a falta de quem se ama dói num lugar mais profundo n’alma. Dias difíceis de pieguices memoráveis e escritas chorosas. Haja doce e vinho para aguentar tal jornada!

Bem, como o tempo não volta a trás já que ele é bicho, milhares de vezes, mais teimoso do que eu. Resta-me desejar a minha mãe um feliz Aniversário à distância e sem a certeza de que a mensagem chegará até ela. Feito cartas sem endereço certo; cartas em tempo de guerra. Mima, queria que você estivesse aqui para os beijos e abraços de aniversário de carne e osso. Como não está, mando-os via pensamento. Esteja certa de que te amo demais da conta e para sempre, porque para o meu amor o tempo é inexistente.

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