domingo, 18 de fevereiro de 2018

Blá blá blá...




Blá blá blá...


O mundo está mudando lentamente, e apesar de nos parecer que tal mudança anda um tanto preguiçosa, não haverá direito à marcha à ré. Disse isso a um amigo ao comentar um post sobre o novo longa-metragem da Marvel, Pantera Negra e o quão valioso era termos um filme como esse. E a frase ficou a flutuar na minha mente; à deriva. É claro que muito está a mudar, afinal, não há alternativa para todos nós a não ser caminharmos para frente. A mudança é nossa sina; nascemos para evoluir.

Bom, a frase não foi bem essa, porque foi um tanto mais descuidada e reticente naquele momento. E essa é exatamente uma das belezas da palavra escrita. Por isso gosto tanto de escrever e acho tanto mais conforto na palavra escrita do que no que dizemos todo santo dia. Podemos reescrever. Dizer melhor o que foi dito, e expressar com mais clareza o pensamento que teve tempo para criar raízes na cabeça da gente.

Entretanto, não foi por isso que a tal ideia ficou a vagar pela minha cabeça sem destino certo. Sem de mim se despedir. Creio na mudança e na tal evolução da humanidade, vejo-a diariamente. E acredito que temos hoje uma sociedade mais igualitária e democrática do que a que tínhamos 50 anos atrás. Contudo, ao mesmo tempo, percebo que o passado, insistente, teima a voltar como as ondas do mar; de acordo com a força dos ventos das marés.

O Presidente da República Federativa do Brasil, Lorde Sidious a.k.a Michel Temer, decretou uma intervenção federal/militar no Estado do Rio de Janeiro na última sexta-feira. E apesar de concordar que a situação do Rio é insustentável, dá-me calafrios imaginar que um Estado de exceção está a renascer no meu país. É óbvio que estamos a anos-luz de distância de uma nova Ditadura por aqui, mesmo que a tal intervenção deixe a impressão de que a democracia começa a falhar no Brasil. Contudo, todos nós sabemos com que velocidade e força chegam as ressacas ao litoral do nosso país, não?

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