terça-feira, 3 de abril de 2018

E a piscina continua cheia de ratos...



E a piscina continua cheia de ratos...

Amanhã, 04 de Abril, Agenor de Miranda Araújo Neto completaria 60 anos. Poderíamos, então, chamá-lo de Seu Agenor sem grande risco do vocábulo, o tal senhor, causar estranhamento ou ofensa ao ouvinte. Aos 60 anos começa a famigerada terceira idade e somos oficialmente, creio eu, considerados idosos. Porém, acontece que o tal senhor chamava-se Cazuza desde sempre e mais oficialmente do que o nome em certidão. E Cazuza poderia ser tudo o que quisesse, ele poderia ser muitas coisas. Entretanto, ser um senhor é algo que não me parece plausível para alguém tão exagerado como ele. O destino de Cazuza seria sempre ser menino.

Pois que o menino tinha muito talento, escrevia bem que só e, entre tantas coisas, cantou para que o Brasil mostrasse sua cara.

Brasil, mostra a tua cara.
Quero ver quem paga pra gente ficar assim!
Brasil, qual é o teu negócio? O nome do teu sócio?
Confia em mim.

Amanhã, dia 04 de Abril de 2018, o Brasil colocará o nariz para fora a espiar pela porta entreaberta  e saberemos se nosso ex-presidente, o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, poderá ou não ser preso depois de julgado culpado em segunda instância. Ideologias a parte, já que não considero que qualquer ideologia justifique crimes, não há como ignorar e/ou negar o envolvimento do senhor ex-presidente nos atos de corrupção que ocorreram durante os anos do governo do Partido dos Trabalhadores no Brasil. Da mesma maneira, a bem da verdade, que não há como ignorar e/ou negar o envolvimento do atual presidente em fatos do mesmo calibre. Assim como não há como ignorar e/ou negar o envolvimento em fatos de igual gênero, número e grau do Senhor Fernando Henrique Cardoso, de Fernando Collor de Mello, de José Sarney... o Brasil repete-se num looping injusto e cruel.

Cazuza morreu aos 32 anos em 1990, e a verdade é que pouco mudou em quase 30 anos no que tange às práticas da politica feita em Terra Brasilis. Hoje sabemos mais do que sabíamos sobre a tal cara do país no qual vivemos, somos muito menos inocentes e muito mais descrentes no futuro que nos parece um bocado sombrio visto de onde estamos. E amanhã, dia do aniversário de Cazuza, seja qual for o resultado da tal celeuma, não haverá motivo para comemoração de qualquer coisa que seja. Pois, por cá, passam os anos, até mudam as moscas, mas o fato é que as merdas continuam as mesmas. O tempo não para e a nossa piscina continua cheia de ratos.




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