quarta-feira, 11 de novembro de 2020

insônia

 




insÔnia


Às vezes, as saudades deixam as unhas longas demais

E arranham-me o peito,

A garganta

Dói-me, então, a carne, e foge em completa rebeldia

o sono que a tudo, em ondas, levaria

Nesses momentos amo-te do avesso

ao contrário do que deveria ser o amor verdadeiro

Te amo profundamente de mentira

Queria teu colo, só o teu colo

Pois que outros braços e ombros,

outro pescoço,

não têm pra mim a mesma serventia

Abre teus braços

e deixe-me sentir as saudosas longas unhas afiadas

nos ossos

Nenhum comentário:

Postar um comentário