domingo, 5 de junho de 2011

Tão doce quanto pode ser

Preparem-se para todo o melado e o lamechas que na vida pode haver, pois, nesta semana estou tão piegas e sentimental que há o perigo de enjoarmos antes do final deste texto assim-assim. Não que os problemas tenham acabado, que as dores não sejam mais sentidas e que o medo e a preocupação não estejam mais aqui. Sim eles estão. Ainda há as doenças que afligem pessoas queridas, a saudade doida de quem amo e que está definitivamente longe de mim, a indecisão do que devo fazer de minha vida. Mas nesta semana a vida fez um circulo completo, e o começo e o fim pareceram dar as mãos mostrando que a vida é mais forte que tudo e, por isso mesmo, estará sempre aqui apesar de todas as besteiras que possamos fazer.
Ontem se casou André, filho de Roseli, minha prima mais velha e a melhor e mais pura alma que eu conheço nesta terra, e de Hermes, não o Deus grego, mais o marido dela que já foi muito bonito como um deus-grego e que hoje é como Sherek: o ogro mais doce que conheço. Por afinidade e ou amor, não sei bem, nossas vidas sempre estiveram muito próximas desde que comecei a ser gente. Nasci, há muitíssimos anos atrás, quando os dois ainda adolescentes começaram a namorar e, como minha mãe ficou na casa de sua irmã Luly (minha querida madrinha) depois que saiu comigo do hospital, lá estava eu no meio dos dois a atrapalhar o namoro deles ainda bem pequenininha.
Quando meu irmão nasceu, quase três anos depois, lá estava eu novamente, grudada a eles como se fosse um carrapato terrível, querendo dormir apenas no colo do namorado de minha prima, minha primeira paixão de menina. Oito ou nove anos depois nasceram os filhos de Roseli e Hermes, Daniel e André e, então, foi a minha vez de brincar com os pequeninos. Foram muitas as férias juntos, os dias na praia, as vezes que os peguei no colo, e muitas, mas muitas risadas mesmo que demos juntos. E ontem, vendo meu primo André casar-se com uma linda e sorridente mulher, com seu irmão Daniel e sua esposa no altar a carregar Eva, a neta da minha prima anjo e seu marido que, um dia, foi o meu colo preferido, deu-me aquele aperto no coração que dá quando vemos o futuro chegando.
Revi pessoas que sempre fizeram parte da minha vida e que hoje encontro com uma freqüência menor do que eu deveria fazer e ouvi, mais uma vez, a Roseli e o Hermes me chamarem de Teca, como só eles fazem desde que eu me entendo por gente, e isso me deu uma saudade enorme. Senti saudade da infância e de momentos que já não existem mais vendo todos aqueles anos passados voltarem de repente. Que vontade de comer mais uma vez os bolinhos de minha avó Luiza, de ver meu tio Miguel a mexer em suas plantinhas e de ouvir meu avô Luiz a reclamar que estamos fazendo bagunça demais. Senti falta das tardes andando de bicicleta com meu irmão e nossos primos, dos jogos de vôlei em família, das festas de ano novo com quase cem pessoas e de ver o sol se pôr ainda dentro do mar porque não havia pressa alguma para voltar para casa.
 E Hoje, queria ter outra vez as nossas férias de verão com a família inteira, um bando barulhento e, às vezes, meio brigão como deve ser toda família. Queria abraçar e beijar a todos mais uma vez como se o tempo e a distância não tivessem levado ninguém. Mas a vida não é assim. Ontem se casou André e, com certeza, este é um sinal de que nova vida vem por aí e que tudo começará mais uma vez. Que seja sempre assim!
Boa semana e um abraço bem forte e um beijo doce para todos.
Mari (a Teca)

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