quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

As flores




Sempre teremos as flores deste jardim não importando o silêncio
demasiado frio,
o mal tempo que se estabelece feito lei na minha terra governada pela tua prudência
a dar-me as costas,
com suas negras e gordas nuvens preguiçosas pousadas de frente da minha casa;
bem na minha janela.
Não importa.
Nascem teimosas as brancas margaridas
e ainda sonha, presa à terra  com raízes profundas,
a Maria-sem-vergonha, a mais tola de todas as flores
que, sem vergonha,
sem pudores
e sem nenhum orgulho próprio dentro de si,
derrama-se em cores
pelos solitários becos estreitos
para ti.

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