Passa solitária uma borboleta amarela, seguem-na borboletas;
multiplicam-se num balé silencioso,
música e poesia feitas
de cor.
E o azul do céu se alegra em laranjas, vermelhos e amarelos 
suavemente 
                                                     
vivos, 
leves,
                         
sutis
e ligeiros.
Então, abro meus olhos úmidos a todo o cinza real
desta vida sem borboletas,
flores
e beija-flores que nos sobrou.

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