domingo, 1 de maio de 2016

O País dos Chatos




O País dos Chatos


Desde que a situação político-econômica no Brasil tomou o rumo ladeira a baixo e nós deixamos de ser, mais uma vez, o país do futuro, nós vivemos patrulhados e julgados pela opinião alheia. Vivemos no país dos chatos! Pois, que de um repente temos amostras gratuitas e voluntárias de que vivemos, deveras, num país varonil. Num país varonil, extremado e dominado por cidadãos donos-da-razão maior e superior, quase divina, que estão sempre mais que prontos a nos convencer de que é nossa obrigação ter a mesma posição que eles têm. Pois, não é. Minha posição e opinião nesta vida são minhas, sempre foram minhas e assim serão para todo o sempre amém. Respeito a opinião alheia, contudo, ela não me faz falta para pensar, e vale lembrar que as liberdades de pensamento e de expressão ainda são os maiores bens que temos nesta vida.

E a verdade é que, não importando para o lado da questão para o qual se olha e quem está a defender o quê, faltam as análises mais profundas e fundamentadas da situação político-econômica de nosso país e sobram os gritos de ordem vazios e, em grande parte, falaciosos e desconectados entre si. Somos um povo que grita e, apesar de eu crer piamente que isso é extremamente melhor do que o silêncio,  me faria muito mais feliz ouvir um pouco mais de razão e bom-senso e um pouco menos de emoção e raiva saídos de tantas gargantas.

 Pois, falta muita razão e sobra muito extremismo por trás de tanto barulho e isso nunca é, ou será, bom quando o que se discute é a vida política de uma nação. Não estamos na seara do futebol e, portanto, não cabe aqui a paixão irracional e profunda, não há espaço para as ofensas de baixo calão, não devemos sustentar qualquer uniforme que nos classifique e separe. Não há um inimigo e nem ao menos dois lados claros e definidos nesta estória. Não há mocinhos, mas apenas uma coleção invejável de bandidos mais ou menos graduados por todos os lados.

Quando o que se busca é a democracia e o bem estar social, mesmo que seja esta pálida democracia com a qual estamos acostumados, o bom-senso e o diálogo devem sempre prevalecer. Portanto, e sabendo bem o que eu quero. Quero que as leis valham para todos os cidadãos e que não haja mais tantos privilégios absurdos em meu país, seja para os de esquerda ou os de direita.  Espero que a chatice cesse e que aprendamos mais uma vez a conversar, logo.

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