quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O Doce



O Doce

Doce, doce,
doce tão doce que dói a língua
e me faz cocegas atrás da orelha, gato cheio de manha e preguiça
a passear pelo meu desejo; com jeito.
Doce, doce,
doce feito doce de goiaba que acorda em mim
a menina que não sou mais,
mas
que em mim habita. E que de rabo de olho, por estes dias,
anda a rir-se cheia de ironia. Minha menina bailarina...
Doce, doce,
doce tão doce que pode um dia enjoar,
como de tudo se enjoa nesta vida.
Porém, até este dia não chegar sorrio e faço de conta
que desconheço que todo fim se principia no começo,
e acho graça de algo tão doce
a me olhar.

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