sábado, 12 de agosto de 2017

PAI

Meu pai (Papito!)


Pai

A importância dos pais é subestimada pelos filhos às vezes; muitas vezes. Um pouco porque as mães trazem consigo, e com sua capacidade de gestar seus filhos, algo mágico. Nascemos grudados às nossas mães e os pobres pais tornam-se coadjuvantes em nossas estórias. Às vezes eles sobram na relação, não?

Um pouco porque alguns pais são mesmo um tanto distantes, outros parecem ausentes mesmo. Uns tantos são sumidos. Assim, na maioria das vezes, fica para as mães o papel do carinho e do aconchego em nossas vidas. São elas que nos criam, alimentam e consolam; as mães são nossos ninhos para sempre e desde sempre. Para os pais, em grande parte, ficam as responsabilidades mais chatas. Para eles sobram as tarefas menos gloriosas: dar as broncas graves quando aprontamos, cobrar o nosso desempenho na escola e na vida, ser a fonte das proibições. Ou seja, eles são os seres que têm por obrigação iniciar a maior parte das discussões em tons acima do regular.

Entretanto, as coisas não são bem assim. Não são simples assim.

Aos pais, mesmo nos dias modernosos de hoje, fica em grande parte a incumbência de prover, de proteger, de que nunca nada nos falte. Esperamos, como se fosse lei, que eles se ausentem de casa para que possamos viver bem. Quase como se exigíssemos dos pais um exílio do lar; o desterro deles para nós, os filhos, é um sinal de que tudo vai bem. Pois, quando paramos para pensar, percebemos que esta tarefa, pouco gloriosa à vista dos filhos, é grandiosamente altruísta. Os pais também dedicam toda a sua vida a seus filhos e família como as mães, porém, durante muito tempo não nos apercebemos disso.

Como todos os pais, o meu pai esteve ausente de casa trabalhando por muitas horas do dia. Vários foram os dias em que nem sequer o víamos. Por nós, minha mãe, meu irmão e eu, ele passou grande parte de sua vida dentro de uma fábrica em meio a carros, máquinas e ferramentas a trabalhar até 12 horas por dia. E nada, nunca, nos faltou. Sempre estivemos seguros e tranquilos.

Quando eu era menina e perdia o sono no meio da noite, eu chorava. Chorava para chamar atenção porque não queria estar sozinha. Meu pai e seu sono leve sempre apareciam ao lado da minha cama e por lá ficavam até que eu dormisse outra vez. Décadas se passaram e não me esqueço destes momentos. Se eu vivesse séculos, mesmo assim, eu não os esqueceria. Meu pai sempre esteve e está a meu lado; e meu mundo continua seguro e tranquilo.



Um beijo ao meu Papito, o melhor pai de todos para mim; meu companheiro. Ao meu irmão que é pai também, e dos bons! E aos meus amigos pais que são todos demais!



Feliz Dia dos Pais!!

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