quarta-feira, 9 de março de 2011

Às Mulheres da Minha Vida


Hoje, dia da mulher, sentei-me para escrever sobre as mulheres, apesar de não achar graça alguma nisto de dia da mulher. Sinto-me muito mais ofendida do que elogiada com uma data especial para a “minoria” a qual faço parte, homenagem que é, a meu ver, preconceituosa em sua essência, já que todos os seres humanos deveriam ser vistos como iguais civil e legalmente sempre. Contudo, sei que ainda há muita luta pela frente para que tal igualdade seja mais do que palavras perdidas em estatutos ou constituições, mas um fato banal. Se é que veremos isso algum dia, pois que, infelizmente, a justiça não nos é uma característica inata.
Mas hoje, não me sentei para falar de justiças ou igualdades, mas sim das diferenças. Pois é, gosto mesmo das diferenças e creio que o Mundo só é interessante porque elas existem. Não as sociais, que fique bem claro. Mas aquelas inerentes ao individuo, àquilo que nos torna singulares e, portanto, dá graça ao viver. Aproveito a data para falar das mulheres de minha vida, de suas qualidades tão importantes e do amor que tenho por elas. Ah sim que as tenho, as minhas mulheres, como todo o ser humano deveria ter. E, se por um lado falta a atração sexual nestas relações, sobram em muito o carinho, o afeto e o companheirismo; que isso de as mulheres competirem entre si e se verem como rivais é idéia de homem. Sinto desapontá-los meninos, mas somos sim unidas e não nos matamos por vocês.  “C’est la vie!”
Com as mulheres, aprendi e senti algo que homem algum conseguiu me ensinar: aprendi a amar incondicionalmente, sem lógica nem razão, aqueles que fazem parte de minha vida. Aprendi a não ter vergonha de meus sentimentos e percebi que o carinho e a dedicação aos outros não são um sinal de fraqueza, mas sim um inequívoco sinal de força e compreensão do que realmente vale à pena nesta vida. Com elas conheci a amizade de uma vida inteira, daquelas que vive mesmo que estejamos longe e ausentes por um bom tempo. Entendi que posso sim dizer que sinto saudade, que não há mal algum em abraçar com força e longamente a quem quero bem, e que a minha boca foi feita sim para dar beijinhos até que eu gaste a mesma. Foi com minhas mulheres que aprendi a lição mais difícil para mim, aprendi a ser uma delas.
 Sei que nem todas as mulheres são assim, e que há as cruéis, as vis e as egoístas também, contudo, essas não são as mulheres de minha vida. E hoje falo delas, das fortes e irracionais mulheres que tornaram a minha vida muito mais intensa e colorida. A elas devo muito e sou, pra sempre, grata. Pois que então para elas, exclusivamente, vai um beijo e meu carinho sem fim.
A minha mãe Odila, minha mãe-adotada Lourdes, minha madrinha-fada Lully e minhas avós Estela e Luiza,
As minhas amigas-irmãs: Kaká, Anita, Ana (minha Cux), Cris, Lolla e Crispis.
Amo a todas.

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