quarta-feira, 30 de março de 2011

A Boca

Minha comida
Amor, deixa me morder-te
sem gota de sangue
de desejos enchente
mordo-te a orelha,
o pescoço
e o queixo
mordo teus braços,peito
e cotovelos
as costas,mordo dos
ombros
aos
tornozelos
levando o dia inteiro
mordo-te a virilha (como de costume)
a mastigá-lo
antes de come-lo
Queres um beijo?

A mordida
Tu me mordes, mordo a ti,
dor querida de amor é a mordida
Não vou te ferir quero bem a ti
meu alimento à la carte,
Também me sirvo pra ti,
só não me arranque nenhuma parte
Tentação da carne, canibais com arte,
pequenas mordidas.
Dá-me teu pescoço
e teus suaves e graves ais.
Jantar
Trouxe galhos de bambu, lírios e tulipas
Cheios de delicadeza para nosso jantar à chinesa.
Comida nada casual ou banal sobre a mesa,
Teremos a mim e a ti, nossa sobremesa.
Há verdes borboletas e libélulas azuis e amarelas  
Para enfeitar meus cabelos e as arandelas,
Para ti o vermelho escarlate de tua terra,
Cor da alegria, da paixão e da guerra.
E não haverá pressa, está combinado que o Sol
Demorará um bocado e atrasado nascera,
Encantado com a bela Lua vista sobre a Terra.
A ouvir devagar Billie cantar suaves blues,
Teremos tempo para saborear a doçura
Que há em cada prato do verbo amar.

Tua boca           
Vou lamber-te os lábios e os dentes
Enfiar minha língua quente na tua boca
Morder-te, chupar-te, engolir e comer-te
Pegar-te com força contra a parede.
Arrasta-me pelos cabelos, sufoca-me e
Rasga minha roupa.
Dá-me tua boca.

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