domingo, 10 de julho de 2016

Maior que Eusébio!



Maior que Eusébio!


Talvez seja realmente demais, uma heresia mesmo, afirmar que Cristiano Ronaldo é maior que Eusébio. Afinal, como comparar o vaidoso gajo com o Senhor Eusébio, o Rei encarnado da Copa de 66, um mito e semideus em Portugal? Sim, é difícil. E, apesar do fato de que toda e qualquer comparação é mesmo algo sem sentido, não há como não fazê-la depois de ver ao famoso gajo e a sua seleção, Portugal, sortuda e heroicamente, serem campeões da Eurocopa ao derrotar a França em casa. Este foi, seguramente, um momento épico da história do futebol!

Primeiro, vale lembrar que o futebol é um esporte tão apaixonante por ser, ainda nos dias capitalistas e tecnológicos de hoje, imprevisível. Nem sempre os maiores e mais fortes vencem, e o fato de ainda haver espaço para a vitória dos pequenos que creem e lutam com armas menos poderosas nos devolve um bocado a crença na beleza da imprevisibilidade da humanidade. Ainda há espaço para a luta de um moderno David, bravo e corajoso, contra seu Golias. Ainda há espaço para ver o miúdo Portugal a vencer a grandiosa França. Oxalá!

Segundo, apesar de ser complicada a comparação acima, não há como negar que a importância da figura de Cristiano Ronaldo cresceu abundantemente dentro do esporte quando percebemos que o gajo demonstra ter um novo peso ímpar muito para além das quatro linhas. Muito mais do que um atacante disciplinado, forte e talentoso – um craque da bola; vimos nesta Eurocopa um homem que inspirou e liderou aos seus companheiros até nos momentos em que estava à beira do campo. Cristiano foi definitivo para a vitória mesmo quando não tinha nos pés a bola.


Venceu, mesmo contra todas as expectativas e contanto com a sorte, é fato, e me convenceu de que fui injusta com ele durante todos esses anos. Nutria  certa antipatia pelo vaidoso moço, devo admitir. Não que a minha injustiça fizesse qualquer diferença para CR7; profundamente não. Eu sei. Contudo, devo admitir agora que além de talentoso, o gajo é, deveras, um exemplo de atleta e um cidadão a ser respeitado por seus atos dentro e fora do futebol. Não apenas por essa vitória, mas por tudo que ele tem feito nos últimos anos mesmo quando não há ninguém a olhar. Luís Figo que me perdoe, mas Cristiano ganhou, definitivamente, o posto de jogador português que mais admiro. Pois, que venha mais uma Bola de Ouro pa o gajo, ó pá, que ele merece!

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