quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O Tom




O Tom...


Há muitos anos estamos sem Tom Jobim, desde dezembro de 1994. Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim morreu em Nova Iorque e eu, em São Paulo, senti-me órfã e abandonada. Senti-me traída. Afinal, como ele pôde nos deixar sozinhos sem sua poesia; sem sua música tão brasileira e universal. Foi mesmo um golpe fatal. Horrível. Dia de luto certo para todo tipo de passarinho, para as teclas do piano, para o mato onde vivem as lendas brasileiras; para todo brasileiro que gosta de música.

Hoje, mais de vinte anos depois de sua morte e no dia de seu aniversário, imagino quanta música bonita ele poderia ter feito. Meu Deus, quanta poesia e melodia nunca d’antes vistas e ouvidas teria feito o Dindi? Quantas vezes mais teria eu me emocionado intimamente com suas canções? Cantado desafinada e sem vergonha suas canções do último trabalho feito?  Quanta paixão mais teria ele feito brotar no peito da gente? Não sei. Impossível mensurar o quanto um gênio seria capaz de criar e Jobim, sem necessidade alguma para a falsa modéstia, era pornograficamente genial.

Resta-nos ouvi-lo muitas e várias vezes, repetidamente. Sem pressa e com toda a atenção para matar um pouco a nostalgia que nos dá a falta do Seu Antônio num dia como esse. Dia em que a música, a arte das musas, resolveu vir a Terra em forma de gente. Feliz aniversário Tom. 

Que se faça a música!



     









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