segunda-feira, 5 de março de 2018

O inesperado



O inesperado

Desde que me lembro por gente gosto de filmes, desenhos animados e de ir ao cinema. Isso, porque desde muito menina sou um ser encantado pelo poder da fantasia. Creio até hoje, feito criança, no imaginário e no fantástico e, sendo assim, o que passa pela tela (seja ela gigantesca ou pequenina) tem um quê de verdade para mim.

Apesar de ver sempre aos filmes que me interessam, verdade seja dita, na época dos Oscares fico um tanto mais “caxias” e tento, o máximo que posso,  assistir às películas que fazem parte desta celebração do cinema. Mesmo sabendo que tudo não está muito para além de uma propaganda bem elaborada da indústria do cinema. Mesmo assim.

Pois, este ano não foi diferente. Assisti a quase todos os filmes e animações que concorriam às diversas categorias, além de gostar muito da coisa, pelo prazer de ter a minha opinião sobre o resultado final das votações. Gostei muito de A Forma da Água, fã como sou de tudo que o Sr. Del Toro cria, contudo ainda creio que O Labirinto do Fauno é muito mais interessante, criativo e único do que o vencedor do Oscar deste ano. Então, faltando ainda assistir ao novo filme com Daniel Day Lewis, The Phantom Thread, posso dizer que os filmes têm boa qualidade, são interessantes e vale a pena assistir a todos.

Quanto às animações, apesar de ter torcido muito por Com Amor, Van Gogh, pelo lindíssimo trabalho de animação, não há como estar descontente com Viva, a Vida é uma Festa, pois ele é realmente bonito. Entretanto, e apesar de tudo isso, eu apaixonei-me pelo Touro Ferdinando e seu amor pela natureza. Pois, por um motivo um tanto quanto alheio à lógica, muito provavelmente pelo amor às flores, o tal touro pacifista fez com que eu me lembrasse, mais do que o esperado, de minha mãe enquanto via ao desenho animado.

Ferdinando e seu diretor brasileiro, Carlos Saldanha, me fizeram chorar mais do que o amor de Guillermo, que a família de Coco, do que o pai de Hélio em Call me by your Name, e mais que toda a emoção da II Grande Guerra. Isso sim foi o mais inesperado em todos os filmes deste Oscar. O mais simples e ingênuo de todos os filmes ganhou grande valor para mim.

Para ti, Mima.

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