quinta-feira, 17 de setembro de 2015

a Morte






a Morte

A morte fria e úmida me sorri de longe
com sua boca muda e escancarada.
Acena-me solicita e
delicada.
Silenciosa ela me conta sem palavras de nossa história
conhecida seu final aguardado.
Nas noites frias de inverno numa esquina melancólica,
acendo um cigarro.
Acendo uma vela para a minha fria amiga,
religiosamente,
para ter a certeza de que ela sempre saberá onde me encontrar.
A fria e úmida morte
me abraça e eu beijo sua fronte de gelo;
hoje somos íntimas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário